Frango, boi e suíno fecham 2º quadrimestre com, praticamente, idêntica evolução de preços
Considerados os recordes históricos de preços registrados no final de 2019, tornou-se difícil esperar que, em período de pandemia, suíno vivo e boi em pé voltassem a repetir os valores anteriores.
Porém, isso não apenas se repetiu, como também os preços do final do ano passado foram superados. Além disso, o frango vivo – que não acompanhou o “boom” anterior - agora acompanha boi e suíno e os três completam os primeiros dois terços de 2020 com, praticamente, a mesma evolução de preços.
O suíno vivo é o melhor exemplo da desesperança que envolveu o setor durante a fase mais crítica da pandemia e chegou a minar a expectativa de melhores preços em 2020. Depois de registrar recorde histórico no final de dezembro de 2019, quatro meses depois seu preço caiu quase à metade.
A recuperação ocorreu a partir de maio e foi, pode-se dizer, meteórica, pois em quatro meses propiciou valorização superior a 100%. Ou seja: cotado a R$121,00/arroba no final de 2019 e depois de ver essa cotação retrair para cerca de R$79,00/arroba no fechamento do 1º primeiro quadrimestre, o suíno fecha outro quadrimestre negociado por valor não inferior a R$145,00/arroba.
Frango vivo e boi em pé não sofreram o mesmo recuo de preço enfrentado pelo suíno. Mas – todos sabemos – os preços alcançados pelo frango no final de 2019 não foram dos melhores. Assim, embora o recuo sofrido tenha sido aparentemente pequeno, forçou a atividade a reduzir sua produção. Já a carne bovina registrou comportamento mais estável no decorrer do ano.
Mas o que se quer demonstrar, no momento, é que apesar dos altos e baixos ocorridos nestes oito primeiros meses do pandêmico 2020, boi em pé e frango e suíno vivos encerram o período com, praticamente, idêntica evolução de preços. Assim, comparativamente às cotações registradas no último dia de negócios de 2019, o frango vivo registra no momento ganho de 21,88%, o suíno de 20,2% e o boi vivo de 12,6%.
Notar, de toda forma, que na média dos dois primeiros quadrimestres do ano o ganho de frango e boi sofrem diluição, enquanto o do suíno permanece negativo. Ou seja: o do frango é apenas 4% superior e o do boi em pé apenas meio por cento. O suíno, por seu turno (apesar de toda evolução registrada no corrente quadrimestre) alcança em 2020 valor médio 15% menor que o do fechamento de 2019.