Aurora produziu frango que testou positivo para vírus na China, diz governo chinês
BRASÍLIA (Reuters) - O governo local da cidade chinesa de Shenzhen identificou nesta quinta-feira uma fábrica da brasileira Aurora como origem de asas de frango que testaram positivo para o novo coronavírus.
O governo de Shenzhen identificou a unidade por seu número de registro em uma publicação em seu site oficial, que ao ser checada com registros brasileiros aponta para uma planta da Aurora em Santa Catarina.
A Aurora, que não é listada em bolsa, não respondeu de imediato a um pedido de comentário.
O Ministério da Agricultura do Brasil disse que está consultando sua equipe técnica sobre o assunto, sem detalhar.
O ministério disse antes que não há evidência de que o coronavírus seja transmitido por meio de alimentos ou embalagens de alimentos.
Em meados de julho, a China bloqueou importações de seis frigoríficos brasileiros por preocupações sobre o coronavírus em meio a notícias de milhares de casos da doença entre trabalhadores da indústria.
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) afirmou em nota que ainda analisa informações sobre alerta emitido pela China.
A entidade, no entanto, ressaltou em nota que "ainda não está claro em que momento houve a eventual contaminação da embalagem, e se ocorreu durante o processo de transporte de exportação".
"A ABPA reitera que não há evidências científicas de que a carne seja transmissora do vírus", acrescentou a associação, que citou organismos internacionais como a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) e a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
O alerta do governo de Shenzhen, no sul da China, gera temores no país oriental de que embarques de alimentos contaminados possam causar novos surtos locais da doença.
BRF diz que custos com pandemia devem cair nos próximos trimestres
SÃO PAULO (Reuters) - A BRF, maior produtora de frango do Brasil, disse nesta quinta-feira que as despesas em decorrência da pandemia de Covid-19 provavelmente cairão no segundo semestre de 2020, após a companhia gastar milhões para adaptar fábricas e controlar surtos da doença entre funcionários.
Ao falar com analistas sobre os resultados do segundo trimestre, o diretor presidente global da BRF, Lorival Luz, não forneceu uma estimativa para potenciais despesas adicionais. Os custos e despesas relacionados ao coronavírus no Brasil foram de 117 milhões de reais no último trimestre, disse a BRF em seu material de divulgação do balanço na quarta-feira.