Pouca movimentação no mercado do boi gordo e frango vivo; Suínos em alta
Boi Gordo: Poucos negócios e calmaria no mercado
Por Scot Consultoria
Mercado do boi gordo com poucos negócios. Muitas empresas ainda aguardam as movimentações do mercado nos próximos dias para se posicionarem e definirem suas estratégias.
De forma geral, não há abundância de oferta, mas com o lento escoamento de carne, o volume de boiadas disponível é suficiente para atender a demanda das indústrias.
O pagamento de salários está prestes a ocorrer e, até agora, não houve nenhum sinal de melhora nas vendas de carne pelas indústrias. Ou os varejistas não saíram às compras para abastecer seus estoques, ou então os negócios foram tão reduzidos a ponto de não alterar, por enquanto, o rumo do mercado de carne.
O mercado atacadista de carne com osso está estável. O boi casado de animais castrados segue cotado em R$ 9,29/kg. Desde o começo do ano os preços caíram 7,2%.
Suíno vivo: Com desempenho atípico, cotação em SC atinge o maior nível desde 2014
Por Larissa Albuquerque
O preço do suíno vivo no mercado independente de Santa Catarina atingiu nesta semana o maior valor desde 19 de novembro de 2014, sendo cotado a R$ 4,50. Com alta de R$ 0,45 os suinocultores comemoram o desempenho atípico do mercado neste início de ano.
A explicação para o cenário altista é a redução de oferta em todo o país, aliado ao estoque enxuto das agroindústrias. “Não há suíno pesado no mercado, à oferta está baixa e as grandes indústrias estão procurando suínos no mercado independente”, destaca o presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi.
Em São Paulo, a APCS (Associação Paulista dos Criadores de Suínos) relatou venda nesta segunda (6) acima da referência. Foram comercializados 250 animais no município de Jambeiro ao valor de R$ 99/@, ou seja, R$ 2 acima da máxima na bolsa na sexta (3).
Também no Paraná a bolsa desta semana fechou com alta de R$ 0,30 e os produtores recebendo R$ 4,50 pelo quilo do animal vivo na média das praças do estado.
Conforme relata Pedro Gabone, da Fazenda e Frigorífico Santa Rosa, em São Paulo, as indústrias encontram difícil para cumprir as escalas de abates. “Neste momento, estamos com falta de animais vivos para o abate e, por isso, estamos em busca de animais em outros estados. No meu caso, animais abatidos”, afirmou.
Mas, apesar das altas que não são comuns para o período, o presidente da ACCS alerta para os custos de produção e a necessidade de capitalização do produtor. “Precisamos melhorar a remuneração ao produtor porque embora haja baixas de valores no milho e no farelo de soja, o custo para produzir o quilo do suíno ficou em R$ 3,80 em janeiro. Os produtores ainda não estão recuperados da tragédia de 2016”, reitera Losivanio.
Exportações
Outro fator que tem colaborado para o escoamento da produção foi às exportações. Segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, divulgado nesta segunda, o país embarcou 11,3 mil toneladas de carne suína in natura na primeira semana de janeiro (três dias úteis). Na comparação com igual período do ano passado houve incremento de 27,8% no volume.
Frango vivo: Demanda de início de mês pode movimentar cotações
Por Larissa Albuquerque
As cotações do frango vivo seguem estáveis desde o final de janeiro, mas o setor aposta no desempenho do consumo na primeira quinzena de fevereiro para elevar o valor dos negócios.
Os analistas lembram que o período é de pagamento dos salários, e também de retorno parcial da população às atividades rotineiras. Fator que eleva a procura pela carne branca.
Por outro lado, o avanço de 8% a 10% no alojamento de pintos em dezembro pode ser um limitador deste potencial de alta.
No atacado, entre 26 de janeiro e 2 de fevereiro, o frango inteiro congelado se desvalorizou 4,1% na Grande São Paulo, onde o quilo fechou a R$ 3,77. Já em Toledo (PR) o preço do frango inteiro resfriado caiu 2,4% no mesmo período sendo cotado a R$ 3,97/kg, apontou o Cepea.
Exportações
As exportações de carne de frango 'in natura' totalizaram 56,8 mil toneladas nos três primeiros dias úteis de fevereiro, segundo dados divulgados pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços nesta segunda (6).
Os embarques representam um avanço de 25% em relação ao mesmo período do ano passado, e 28% na comparação com o mês anterior.