Aumento da oferta e pouca demanda pressionam as cotações do boi gordo e frango vivo

Publicado em 03/02/2017 07:05

Boi gordo: Cenário de preços frouxos predomina no mercado

Por Scot Consultoria

A pressão de baixa é o cenário predominante, ainda que as alterações nas referências ocorram gradativamente.

No fechamento de hoje, ocorreram oito quedas e três altas para o boi gordo. Minas Gerais permanece como destaque dentre os estados com recuo de preços. 

A falta de sustentação nos preços e dificuldade de escoamento para a carne gera este cenário de preços frouxos para os animais terminados.

No mercado atacadista de carne bovina com osso, cotações estáveis.

No atacado de carne bovina sem osso e no varejo, cujo fechamento semanal fazemos hoje, as quedas foram de 1,9% e 0,4%, respectivamente. 

Mais detalhes sobre estes mercados podem ser conferidos em nosso boletim semanal, Boi & Companhia, também publicado hoje.

Frango vivo: Dificuldade de escoamento pressiona cotações

Por Larissa Albuquerque

O aumento de 8% a 10% no alojamento de pintos em dezembro é um dos grandes limitadores da evolução de preços neste início de ano. Aliado a dificuldade no escoamento da produção, tanto por fatores sazonais, quanto pelo reflexo da recessão econômica, também colaboram com o enfraquecimento dos preços.

A cotação base interior de São Paulo caiu 15,25% em janeiro, com média de R$ 2,65/kg. No mesmo mercado, os produtores chegaram a comercializar, em novembro, a ave inteira a R$ 4,50/kg, atualmente a cotação é de R$ 3,70/kg.

Na cadeia de integrados a realidade é semelhante. No município de Nova Marilândia, em Mato Grosso, 22 aviários tiveram seus contratos suspensos. O presidente da Associação de Avicultores de Nova Marilândia (Avimar), Paulo César Barbosa, afirmou que os produtores estão recebendo em média R$ 0,44 por cabeça de frango. “O que recebemos da indústria não é suficiente para honrar financiamentos e ainda ter que investir na infraestrutura dos aviários. Por isso, atualmente temos muitos aviários com contrato parado”, afirmou.

Mas, o setor ainda aposta no bom desempenho das exportações para garantir sustentação aos preços. Especialmente depois dos recentes casos de gripe aviária em países da Ásia e Europa.

Exportações

As exportações de carne de frango 'in natura' em janeiro atingiram bom patamar para o período. O volume ficou apenas 0,4% abaixo dos embarques em dezembro, totalizando 325,4 mil toneladas. Na compara com janeiro/16 avanço foi de 3,3%.

Em receita o acumulado foi de US$ 524,5 milhões, com valor da tonelada em US$ 1.611,9 milhão. O resultado representa um crescimento de 5,2% frente ao mês anterior e, 23,4% na comparação com o igual período de 2016.

Suíno vivo: Suinocultores devem contar com mercado firme em fevereiro

Por Scot Consultoria

Assim como foi em janeiro, as cotações do suíno vivo no mercado independente devem ficar acima da média para o período. A consideração é do presidente da ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul), Valdecir Folador, que diz acreditar na demanda forte neste mês.

No Rio Grande do Sul, a pesquisa semana indicou valorização de R$ 0,11 no quilo do animal vivo, terminando cotado a R$ 4,08/kg.

Folador explica que as indústrias tem relatado que encerraram 2016 praticamente sem estoques, por isso o aquecimento da demanda neste início de ano. "O mesmo relato vale para fevereiro, o consumo deve continuar forte, especialmente no setor de industrializados", conta.

Além da melhora na comercialização, os suinocultores também conta com queda nos custos de produção. Atualmente a cotação do milho no estado está em R$ 27,50/kg, conta R$ 34/kg praticado à um ano atras.

O presidente também destaca que a produção neste ano deve crescer abaixo de 2%, não favorecendo um excedente de oferta no mercado interno. "O suíno que será abatido no final deste ano, sua matriz já está no campo, e podemos notar que não há aumento de plantel ou alojamento", diz.

Exportações

As exportações de carne suína 'in natura' do Brasil fecharam janeiro com volume de 54,5 mil toneladas. O resultado se mostra 60% acima do igual período de 2016 e 27,6% superior ao mês anterior.

Na receita o valor alcançado foi de US$ 124,7 milhões, com a média da tonelada em US$ 2.286,4.

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Fonte: Notícias Agrícolas + Scot

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