Oferta ajustada limita queda de preço das carnes neste início de ano
Boi Gordo: Oferta limitada com animais confinados escassos e de pasto sem aparecer com intensidade
Por Isabella Camargo, zootecnista da Scot Consultoria
Baixa movimentação no mercado do boi gordo nesta segunda-feira.
Das trinta e duas praças pesquisadas pela Scot Consultoria para o boi gordo, ocorreram alta em duas e queda em quatro.
Aos poucos os pesuaristas estão voltando às negociações, melhorando a oferta de animais. Entretanto, os bovinos confinados estão escassos e os engordados em pasto ainda não têm aparecido com intensidade, o que limita a oferta.
Em São Paulo, as programações de abate atendem, em média, cinco dias, mas existem casos de indústrias com escalas mais alongadas que oferecem até R$ 2,00/@ abaixo da referência.
Em Araçatuba- SP, a arroba do animal terminado está cotada em R$ 150,00, à vista.
No mercado atacadista de carne bovina com osso os preços estão estáveis. O boi casado de animais castrados está cotado em R$ 9,60/kg.
Suíno vivo: Cotações caem novamente em SC e RS
Por Larissa Albuquerque
Refletindo o baixo desempenho das vendas de carne suína no atacado e varejo - cenário que já era esperado para o período - as cotações do suíno vivo iniciam mais uma semana de baixa.
A pesquisa semanal de preço no Rio Grande do Sul relatou queda de R$ 0,10 na referência para comercialização do animal vivo no estado. Com o novo recuo o preço ficou em R$ 3,90/kg.
Também em Santa Catarina, analise divulgada pela ACCS (Associação Catarinense de Criadores de Suínos), informou desvalorização em relação à semana passada. Assim, a bolsa opera em R$ 3,70/kg, variação de -2,63%.
“Os frigoríficos relataram que as ofertas disponíveis em estoque no momento têm conseguido atender bem as necessidades do mercado”, afirma analista da Safras & Mercado, Allan Maia.
Somente em São Paulo a bolsa relatou ligeira alta em relação à última divulgação de preço na sexta (13). Nesta semana a referência está R$ 77/@ a R$80/@ [equivalente entre R$ 4,11/Kg e R$ 4,27/kg vivo], nas condições bolsa.
Para Maia, “ao longo do primeiro trimestre a demanda deve seguir lenta, período em que a população se mostra mais endividada. O calor intenso em algumas regiões do país é outro fator que inibe o consumo da carne suína”, sinaliza.
Frango vivo: Fraco desempenho da demanda pressiona cotações em Minas Gerais
Por Larissa Albuquerque
A referência do frango vivo no mercado independente de Minas Gerais sofreu nova baixa nesta segunda-feira (16). O recuo de R$ 0,10 - passando de R$ 2,85/kg para R$ 2,75/kg -, marca o fraco desempenho dos negócios nas primeiras semanas do ano.
Conforme destacam analistas, as baixas refletem o esfriamento no consumo de carnes, como é típico nos primeiros meses de cada ano.
Também segundo colaboradores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), os estoques estão elevados, visto que o escoamento da produção no final do ano foi limitado, favorecendo a pressão sobre as cotações.
“O fator de alento no momento é a retração nos custos de produção, tendo em vista o movimento de ingresso de maiores ofertas de milho e soja com o avanço da colheita da safra verão”, comenta o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.
Para ele, o movimento de pressão deve persistir ao longo do primeiro bimestre de 2017.
Exportações
As exportações começaram o ano com movimentação dentro da expectativa. Segundo Iglesias os embarques podem atingir 328 mil toneladas em janeiro, volume superior as 311 mil toneladas alcançadas em janeiro de 2016.
Dados divulgados pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) nesta segunda-feira, apontam que até a segunda semana do mês, as exportações chegaram a 129,1 mil toneladas, com média diária de 12,9 mil toneladas.
Com esse volume diário, os embarques registram piora de 13,1% aos dados de dezembro, enquanto que em relação ao mesmo período de 2016, queda de 9,8%. Em receita, a soma chega a US$ 205 milhões, sendo o valor por tonelada em US$ 1.589,6.
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