Depois da ‘montanha-russa’ em 2016, mercado de carnes busca recuperação
A crise que atropelou a economia brasileira em 2016 não foi capaz de derrubar o agronegócio. Entretanto, pela primeira vez em muito tempo, o campo sentiu o peso da recessão. Um dos maiores símbolos da prosperidade vivida pelo Brasil nos últimos anos, o setor de proteína animal – sobretudo o de carne bovina –, foi um dos que sofreram o maior revés.
Já no apagar das luzes de 2016, no dia 28 de dezembro, uma das gigantes do segmento confirmou o fechamento de um frigorífico com mais de 600 funcionários em Alegrete, no Rio Grande do Sul. Mas não foi caso isolado. Ao longo dos 12 meses de 2016, foram milhares de demissões em dezenas de empresas do setor. Notícias sobre o assunto estamparam manchetes no noticiário. E de forma geral, não apenas em veículos especializados, o que evidencia a gravidade do problema enfrentado e as tendências, até então, nada animadoras em relação a trabalho e renda. Em outras palavras: consumo despencando.
O desemprego e a queda do poder aquisitivo da população derrubaram o consumo médio de carne bovina por habitante a um dos menores níveis da década: 32 kg/ano, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Dez anos atrás, o volume girava em torno de 40 kg/ano por habitante. Contudo, diferentemente do que ocorre em situações assim, o brasileiro não migrou, necessariamente, para proteínas mais acessíveis. O tombo foi geral.
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