Mercado de proteínas aposta em aumento de demanda para elevar preços neste final de ano
Boi Gordo: Oferta restrita de boiadas e demanda por carne balizam o mercado
Por Scot Consultoria
Há dois cenários no mercado do boi gordo.
Existem regiões onde a oferta limitada de boiadas dificulta o alongamento da programação de abate, o que exerce pressão de alta no mercado. É o caso de São Paulo, Goiás e Minas Gerais, por exemplo, onde há indústrias ofertando preços acima da referência.
Mas, ainda assim, alguns frigoríficos das praças paulistas estão com as escalas de abate mais alongadas em função das parcerias e contratos a termo, com isso ofertam preços abaixo da referência. Mas, nestes casos, o volume de negócios concretizados é reduzido.
Em algumas regiões, onde o lento escoamento da carne não dá incentivos para que os compradores ofertem preços melhores pela arroba, existe um viés de baixa, mesmo com oferta restrita de boiadas. Esta situação é verificada em Rondônia, Mato Grosso e Tocantins, principalmente.
No mercado atacadista de carne com osso os preços estão estáveis. O boi casado de animais castrados está cotado em R$ 9,63/kg. Na comparação com o início do ano houve queda de 2,7%.
Suíno vivo: Cotação sobe no Mato Grosso nesta 4ª feira
Por Larissa Albuquerque
Nesta quarta-feira (30) a cotação do suíno vivo no mercado independente fechou em alta no Mato Grosso, segundo dados da Acrismat (Associação dos Criadores de Suínos do Mato Grosso). Após três semanas de estabilidade, os preços saltaram de R$ 3,25/kg para R$ 3,32/kg.
Diante da expectativa de melhor da demanda, pelo final do ano, outras praças também registraram valorização desde a segunda-feira. Minas Gerais registrou o maior ganho, R$ 0,20/kg. O resultado da Bolsa de Suínos de Estado, entre suinocultores e representantes dos frigoríficos, sugeriu a comercialização do quilo do suíno vivo em R$ 4,60.
Em Santa Catarina houve valorização de R$ 0,10 por quilo em relação ao fechamento anterior. Segundo a ACCS (Associação Catarinense dos Criadores de Suínos) a referência para essa semana retornou aos R$ 4/kg de animal vivo no mercado independente.
Já na praça paulista, a Bolsa de Comercialização de Suínos "Mezo Wolters", informou nova referência entre R$ 83,00 a R$ 85,00/@ [equivalente a R$ 4,42 e R$ 4,53/kg vivo], condições bolsa.
Frango vivo: Mercado estável com expectativas nas exportações
Por Larissa Albuquerque
Em São Paulo a referência está estável a mais de cinquenta dias, cotada a R$ 3,10 o quilo. Já em Minas Gerais a cotação média permanece em R$ 3,30/kg desde o final de agosto, segundo a AVIMIG (Associação dos Avicultores de Minas Gerais).
No atacado a curva de preço também é negativa nos últimos meses. O frango abatido, por exemplo, registrou em novembro o menor valor do trimestre, cotado a R$ 4,20/kg no atacado da Grande São Paulo.
E além da dificuldade de evolução nos preços, mesmo diante de um período onde o consumo deveria reagir, os avicultores também enfrentam em 2016 altos custos para manter suas granjas em funcionamento. De acordo com o levantamento da Embrapa Aves e Suíno, nos 10 primeiros meses de 2016 os gastos subiram 24% frente ao resultado de 2015.
Para o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a dificuldade de retomada dos preços pode estar relacionada ao excesso de oferta interna, uma vez que as exportações não vêm conseguindo manter o mesmo ritmo de meses anteriores. “Apesar de estar indicando certa recuperação ante o resultado de outubro, os embarques acumulados até agora estão inferiores aos registrados em novembro do ano passado. Essa redução pode estar relacionada ao fator cambial”, comenta.
A esperança do setor é de que as exportações em novembro se recuperem, dando maior vazão a produção no mercado interno. Os dados finalizados dos embarques neste mês serão divulgados pelo Ministério do Comércio Exterior Indústria e Comércio (MIDIC), na quinta-feira (1).