Mercado de Carnes: Pressão segue sobre o boi, frango e suíno vivos em novembro

Publicado em 24/11/2016 07:19

Boi Gordo: O movimento de pressão no preço está desalinhado com a sazonalidade de novembro

Por Scot Consultoria

Mercado parado, poucos negócios e pouco ímpeto dos compradores.

O movimento que mais se vê é de baixa, completamente desalinhado ao sazonal para novembro.

No começo do segundo semestre, quando as margens das indústrias eram estreitas, o fraco consumo limitava as valorizações. Agora, é a oferta curta que impõem limitação ao movimento baixista provocado pelas vendas ruins de carne.

Em São Paulo, há um comportamento bastante distinto entre empresas que possuem contratos a termo, que são geralmente as maiores, que chegam a ofertar R$ 4,00/@ abaixo da referência, e as indústrias menores, que negociam somente no mercado spot e acabam pagando os valores de referência. Ainda assim, estes compradores resistem ao máximo em fazer qualquer oferta acima do mercado. 

Esse comportamento se estende às praças onde o confinamento é mais presente.

Não há consumo que justifique aumentar a pressão de compra, mesmo que as indústrias tenham margem suficiente para isso, mesmo que as escalas atendam, no máximo, dois ou três dias, como ocorre com alguns frigoríficos do país. Escalas mais justas acabam sendo “adequadas” para demanda atual.

No mercado atacadista de carne bovina, estabilidade há duas semanas depois de uma queda de 2,7%.

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Suíno vivo: Após reação em algumas praças, preços fecham estáveis nesta 4ª feira

Por Larissa Albuquerque, no Notícias Agrícolas

As cotações do suíno vivo no mercado independente enceraram sem modificações nesta quarta-feira (23), após diversas praças definirem alta nessa semana dando fim ao longo período de estabilidade.

De acordo com o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, foi uma reação leve nos preços, mas que permitiu a recuperação em algumas regiões do país.

Em São Paulo, a APCS (Associação Paulista de Suinocultores) relatou, nesta quarta, a venda de 400 animais, em Holambra, interior do estado, com base na nova referência. Após longo período de estabilidade, a cotação da arroba suína no mercado paulista rompeu a barreira dos R$ 80, sendo cotada R$ 80,00 a R$ 82,00/@ [equivalente entre R$ 4,27 a R$ 4,37/kg vivo], condição bolsa.

>> Preços de milho têm recuo incomum no país no 4º tri e dão alívio para granjas

Na segunda (21), o mercado no Rio Grande do Sul seguiu a mesma tendência de alta. Segundo a pesquisa de preço da ACURS (Associação de Criadores de Suínos do Estado), após a alta de cinco centavos, o mercado trabalha com referência de R$ 3,95 na comercialização do animal vivo, mercado independente. Já na cotação agroindustrial a média do suíno é de R$ 2,96/kg.

Segundo relata o presidente da ASEMG (Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais), Antonio Ferraz, [estado que também reajustou a referência em R$ 0,20 nesta semana] “as negociações têm fluído bem e os produtores estão conseguindo comercializar toda a sua oferta. Esperamos que o mercado se tornasse aquecido nas próximas semanas, devido às festividades de final de ano", diz.

Frango vivo: Mesmo com redução da oferta, preços seguem pressionados

Por Larissa Albuquerque, no Notícias Agrícolas

Nesta quarta-feira (23) as cotações do frango vivo no mercado independente encerraram mais um dia sem modificação. Mesmo com os produtores reduzindo durante todo o ano o alojamento de pintos, os preços seguem pressionados.

Em Minas Gerais a cotação permanece em R$ 3,30/kg desde o final de agosto. Enquanto, em São Paulo a referência entrou na décima segunda semana de manutenção em R$ 3,10 o quilo.

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De acordo com dados da Facta (Fundação Apinco de Ciência e Tecnologia Avícolas) o alojamento de pintos em outubro indicou uma produção 5,4% menor do que em 2015 [1,125 milhão de toneladas de carne de frango]. Assim, considerando exportações na casa das 308,1 mil toneladas, a oferta interna seria 5,5% abaixo de outubro do ano passado.

No entanto, para o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o motivo da estabilidade no preço “pode estar relacionada ao maior ingresso de volumes no mercado interno, tendo em vista que as exportações em outubro ficaram abaixo do esperado”, comenta.

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Fonte: Notícias Agrícolas + Scot

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