Boi gordo e suíno vivo com projeções positivas para as últimas semanas do ano

Publicado em 21/11/2016 07:05

Boi Gordo: Oferta restrita de animais pressiona o mercado e viés de baixa começa a perder força

Por Scot Consultoria

Com oferta e demanda equilibradas, o mercado do boi gordo anda de lado no fechamento desta semana. 

A oferta restrita de boiadas pressiona o mercado e o viés de baixa que se observava nas semanas anteriores começa a perder força.

Contudo, o lento escoamento da carne com e sem osso limita o poder de reação do mercado. Em São Paulo, as escalas de abate giram em torno de quatro dias. 

Entretanto, as indústrias que não possuem parceria ou termo estão com programações de abate mais apertadas e ociosidade elevada, o que comprova a dificuldade de compra de boiadas terminadas.

Para os próximos dias, fica a expectativa quanto ao comportamento do escoamento da carne bovina, que poderá colaborar para mudanças no mercado do boi gordo.

Suíno vivo: Semana encerra com valorização no RS e perspectivas positivas para outras praças

Por Larissa Albuquerque

O mercado independente de suíno vivo fechou a semana com valorização no Rio Grande do Sul, porém, com um cenário favorável para elevação das cotações em outras praças no decorrer das próximas semanas.

De acordo com o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, foi uma reação leve nos preços, mas que permitiu a recuperação em algumas regiões do país.

O levantamento semanal de preços realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, apontou alta de 1,30% na praça gaúcha. Segundo a ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Estado), a referência ficou em R$ 3,90/kg, cinco centavos acima da semana anterior.

Em outros estados o cenário é de estabilidade, mas as perspectivas são positivas para as últimas semanas do ano. Conforme divulgação da APCS (Associação Paulista dos Criadores de Suínos ) a bolsa de comercialização do estado, em sua reunião semanal, definiu pela manutenção nos preços do suíno vivo em R$ 77,00 a R$ 79,00/@ [equivalente a R$ 4,11 a R$ 4,21/Kg vivo], condições bolsa.

Em Minas Gerais, a Bolsa de Suínos Mercominas manteve o acordo entre representantes dos frigoríficos e produtores e determinou o valor de comercialização do quilo do suíno vivo em R$ 4,20/kg. "O mercado de suínos em Minas vem operando em estabilidade. As negociações têm fluído bem e os produtores estão conseguindo comercializar toda a sua oferta. Esperamos que o mercado se tornasse aquecido nas próximas semanas, devido às festividades de final de ano", ressalta o presidente da ASEMG, Antonio Ferraz.

Já em Santa Catarina, apesar da estabilidade em R$ 3,90 o quilo do animal vivo, a ACCS (Associação Catarinense dos Criadores de Suínos) destacou que a expectativa é de que os produtores alcancem o valor de referência nesta semana, já que nos últimos dias as negociações ficaram R$ 0,20 abaixo do esperado.

Segundo os colaboradores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), as vendas começaram a esboçar melhora nessa quarta-feira (16) pós-feriado, mas ainda sem reflexo sobre os preços.

"Na parcial de novembro (até o dia 17), o pernil está sendo negociado na média de R$ 6,94/kg no atacado do estado de São Paulo. É o menor valor dos últimos três anos em nov/12, foi de R$ 6,58/kg e, em relação à média de nov/15, de R$ 8,08/kg, caiu 14%", destacou o boletim semanal do Centro.

Custos de produção

O levantamento da Embrapa Aves e Suínos [ICPSuíno/Embrapa] apontou queda de -1,80% nos custos em outubro na comparação com o mês anterior. A principal queda - de 1,76% - ocorreu no desembolso com a nutrição dos animais.

Apesar dos dados positivos, os custos ainda amargam sérios prejuízos quando comparado ao igual período de 2015 [13,05% mais caro] e, 11,96% maior na relação nos últimos doze meses.

“Há muitos produtores desistindo da atividade. Esperava-se que haveria melhores preços neste último trimestre do ano, mas não ocorreu”, afirma o presidente da Associação Catarinense de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi.

Exportações

Segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, divulgados nesta segunda (14), na parcial de novembro [oito dias úteis], o Brasil exportou 24,3 mil toneladas de carne suína 'in natura', registrando média diária de 3 mil toneladas/dia. Esse resultado representa um avanço de 14,1% em relação ao volume de outubro e, 10% na comparação com nov/15.

Em receita, os embarques acumulam saldo de US$ 63,9 milhões, com média diária de US$ 8 milhões, totalizando avanço de 20% com mês passado.

Frango vivo: Sem liquidez preços fecham mais uma semana estáveis

Por Larissa Albuquerque

As cotações do frango vivo no mercado independente fechou mais um dia sem alteração de referência, reforçando o cenário de baixa liquidez. O levantamento semanal de preços realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, apontou que em São Paulo a referência encerrou a décima primeira semana de manutenção em R$ 3,10 o quilo. Já em Minas Gerais a cotação permanece em R$ 3,30/kg.

No atacado a condição não é diferente. De acordo com levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), entre 10 e 17 de novembro, na Grande São Paulo, o resfriado teve pequena queda de 0,4%, para R$ 4,46/kg, enquanto o frango inteiro congelado se valorizou ligeiramente em 0,2%, para R$ 4,41/kg na semana.

Para o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o motivo da estabilidade no preço “pode estar relacionada ao maior ingresso de volumes no mercado interno, tendo em vista que as exportações em outubro ficaram abaixo do esperado”, comenta.

Exportações

Dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, divulgados nesta segunda (11), apontam que na parcial de novembro [oito dias úteis], o Brasil exportou 125,5 mil toneladas de carne de frango 'in natura', registrando média diária de 15,7 mil toneladas/dia. Esse resultado representa um avanço de 13,5% em relação à média de outubro. Em receita o acumulado do período é de US$ 194,8 milhões, com US$ 24,3 milhões/dia.

Segundo Iglesias, talvez os embarques de novembro possam alcançar 340 mil toneladas de carne de frango, mas tendem a ser menores frente as 379 mil toneladas de novembro do ano passado.

No mês passado as exportações caíram 4,5% na comparação ao mesmo período do ano passado, com o embarque de 314,7 mil toneladas, segundo dados da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal). Por meio de nota, o vice-presidente de mercados da entidade, Ricardo Santin, justificou que essa retração foi pontual, provocada por uma concentração de vendas para o mercado asiático no mês anterior.

Para o Cepea "a queda nas exportações brasileiras de carne de frango em outubro decorreu principalmente das menores vendas ao Japão e à China", avaliam os analistas do Centro.

Custo de produção

E, além da falta de modificação nos preços, o setor também sofre com elevados custos de produção. O levantamento realizado pela Embrapa Aves e Suíno [ICPFrango/Embrapa] registrou ligeiro avanço - de 0,10% - em outubro na comparação com o mês anterior.

Na variação percentual dos últimos doze meses, porém, o aumento é de 4,70%. E na comparação com o mesmo período de 2015 os custos estão 6,95% maiores para os avicultores em todo o país.

De acordo com o levantamento, os maiores incrementos ocorreram na nutrição e na aquisição dos pintos de um dia.

Fonte: Notícias Agrícolas + Scot

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