Mercado de Carnes: Boi gordo, suínos e frango ainda amargam estabilidade de preços
Análise do mercado desta segunda-feira (14):
Boi Gordo: Mercado com ritmo lento e preços estáveis, por Scot Consultoria
Mercado do boi gordo parado nesta segunda-feira. O feriado desta semana colabora com um ritmo de negociação mais lento no mercado do boi gordo.
Com as programações de abate mais alongadas, parte dos frigoríficos está testando o mercado ofertando preços abaixo da referência. Algumas indústrias aguardam um melhor posicionamento do mercado e iniciaram a segunda-feira fora das compras.
No mercado atacadista de carne com osso, o boi casado de animais castrados está estável, cotado em R$ 9,44/kg.
Mesmo para a época do ano, mês em que sazonalmente há uma valorização no atacado, as indústrias têm encontrado dificuldade no escoamento da carne. Na comparação com o início do mês, o boi casado de animais castrados teve queda de 2,7%.
Para os próximos dias fica a expectativa de enxugamento dos estoques, o que pode dar força aos mercados da carne e boi gordo.
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Suíno vivo: Mercado fecha em alta no RS, enquanto SC, SP e MG definem manutenção
Por Larissa Albuquerque, no Notícias Agrícolas
Nesta segunda-feira (14) o mercado independente de suíno vivo no Rio Grande do Sul fechou em alta. A pesquisa semana de cotação apontou valorização de R$ 0,05 em relação ao fechamento anterior, sendo negociado atualmente em R$ 3,90/kg, segundo a ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Estado).
Em outros estados o cenário é de estabilidade, mas as perspectivas são positivas para as últimas semanas do ano. Conforme divulgação da APCS (Associação Paulista dos Criadores de Suínos ) a bolsa de comercialização do estado, em sua reunião semanal, definiu pela manutenção nos preços do suíno vivo em R$ 77,00 a R$ 79,00/@ [equivalente a R$ 4,11 a R$ 4,21/Kg vivo], condições bolsa.
No entanto, informou que "melhora na procura e pela redução na oferta de suíno vivo, ficou decidido que a Bolsa irá apresentar uma nova posição em relação ao mercado na próxima quarta-feira (16) no final da tarde". Vale ressaltar que no mercado paulista a estabilidade já dura oito semanas.
Em Minas Gerais, a Bolsa de Suínos Mercominas manteve o acordo entre representantes dos frigoríficos e produtores e determinou o valor de comercialização do quilo do suíno vivo em R$ 4,20/kg.
Já em Santa Catarina, apesar da estabilidade em R$ 3,90 o quilo do animal vivo, a ACCS (Associação Catarinense dos Criadores de Suínos) destacou que a expectativa é de que os produtores alcancem o valor de referência nesta semana, já que nos últimos dias as negociações ficaram R$ 0,20 abaixo do esperado.
“O mercado está começando esta semana com uma recuperação de preços. Devemos nesta semana atingir o preço da bolsa, já que há mais procura no mercado com as vendas de final de ano. Outro fator importante a ser destacado é que o peso dos animais tem caído muito”, relata o presidente da ACCS, Losivanio Luiz de Lorenzi.
Exportações
Segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, divulgados nesta segunda (14), na parcial de novembro [oito dias úteis], o Brasil exportou 24,3 mil toneladas de carne suína 'in natura', registrando média diária de 3 mil toneladas/dia. Esse resultado representa um avanço de 14,1% em relação ao volume de outubro e, 10% na comparação com nov/15.
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Em receita, os embarques acumulam saldo de US$ 63,9 milhões, com média diária de US$ 8 milhões, totalizando avanço de 20% com mês passado.
Frango vivo: Semana começa com mercado estável e exportações em alta
Sem modificação desde o final agosto, o mercado independente do frango vivo não consegue reagir diante de uma demanda interna fraca. Em São Paulo a referência completa a décima semana de manutenção em R$ 3,10 o quilo. Já em Minas Gerais a cotação permanece em R$ 3,30/kg.
De acordo com o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, o desempenho acabou ficando aquém do esperado, considerando o maior apelo ao consumo durante o período da primeira metade do mês.
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Novembro também tem sido um mês fraco para o frango no atacado. Depois de atingir recordes nominais em outubro, os preços recuaram, ampliando a competitividade frente as demais proteínas.
Segundo levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), "a carne de frango está custando 5,57 reais a menos que a bovina, ante uma diferença de 5,49 reais em outubro. Em relação à carne suína, a de frango também está mais competitiva", declaram os analistas do Centro.
Exportações
Dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, divulgados nesta segunda (11), apontam que na parcial de novembro [oito dias úteis], o Brasil exportou 125,5 mil toneladas de carne de frango 'in natura', registrando média diária de 15,7 mil toneladas/dia. Esse resultado representa um avanço de 13,5% em relação à média de outubro.
Em receita o acumulado do período é de US$ 194,8 milhões, com US$ 24,3 milhões/dia.