Frigol espera início lento na retomada da demanda interna por carnes em 2017
O frigorífico Frigol espera fechar 2016 com receita menor que o inicialmente previsto, após um ano de demanda retraída no mercado doméstico e valorização do real em relação ao dólar, dificultando repasse de preços para clientes internacionais, disse o CEO, Luciano Pascon, em entrevista à CarneTec nesta semana.
Apesar do cenário desafiador, Pascon espera o início da retomada lenta da demanda por proteína animal em 2017 no mercado interno e novas oportunidades de exportação. A companhia, que abriu recentemente escritório nos Emirados Árabes Unidos, quer ampliar sua participação nos mercados internacionais, e vê a Ásia como potencial nova localidade para um futuro escritório internacional.
Após a recente expansão na produção de carne suína, a Frigol está agora focada em aumentar sua participação na cadeia de carne bovina e não descarta investir no segmento de carne de frango no futuro. Confira abaixo a entrevista completa do CEO Luciano Pascon:
Como foi o desempenho da Frigol no ano de 2016?
Pascon: O ano foi mais duro do que nós imaginávamos. Tínhamos uma expectativa, desde o ano passado, de demanda no mercado interno bastante deprimida por conta da situação econômica, mas tínhamos uma expectativa boa de compensar parte desta queda com exportações – o que aconteceu em janeiro, fevereiro e em até parte do mês de março. Depois de março, nós vimos a demanda no mercado interno recuando ainda mais e o mercado externo começando a ter dificuldades, principalmente pela valorização do real. Esse movimento aconteceu muito forte com a moeda brasileira e não com as moedas dos nossos importadores, o que dificultou que repassássemos os preços em dólar. Isso obrigou que, mais uma vez, controlássemos um pouco mais a produção para conseguir adequar o volume de produto acabado à demanda. Neste ano, fomos afetados com uma redução de receita em torno de 8% em relação ao que nós planejávamos devido a esses fatores.
Leia a notícia na íntegra no site CarneTec.