Venda fraca de carnes limita evolução das proteínas no último trimestre do ano
Boi Gordo: Venda de carne não tem evoluído mesmo com o início do mês e a chegada dos salários
Por Scot Consultoria
Mesmo com o início de mês e a chegada dos salários, o escoamento da carne bovina não tem evoluído.
Houve desvalorização de 2,7% para o boi casado de animais castrados. Atualmente os negócios ocorrem em R$ 9,44/kg, frente a R$ 10,27/kg no final de setembro, o pico nominal observado em 2016.
Ainda assim, as margens de comercialização estão acima da média histórica.
Para as próximas semanas há a expectativa quanto ao pagamento da primeira parcela dos décimos terceiros salários, que pode ajudar as vendas na ponta final, mas sem excesso de otimismo.
Em São Paulo, a oferta de boiadas não tem permitido que os frigoríficos imponham pressão maior, mas nas demais praças foram observadas mais quedas que valorizações, também influenciadas pelo escoamento fraco.
As desvalorizações para o boi gordo, em geral, têm sido limitadas pela disponibilidade de boiadas.
Suíno vivo: MT também define manutenção de preço nesta semana
Por Larissa Albuquerque
O mercado de suínos independentes do Mato Grosso seguiu a tendência das demais praças e fechou estável nesta quarta-feira (9). Segundo informações da Acrismat (Associação dos Criadores de Suínos do Estado), a referência está em R$ 3,25/kg, após registrar valorização de 0,62% no fechamento anterior.
Na terça (8), outras praças também relataram a manutenção de preço. Em Minas Gerais e Goiás, a cotação voltou a encerrar em R$ 4,20 o quilo do animal vivo. Já em São Paulo a bolsa de suínos segue com referência em R$ 77,00 a R$ 79,00/@ – equivalente a R$ 4,11 a R$ 4,21/Kg vivo – condição bolsa.
Em Santa Catarina a ACCS (Associação Catarinense de Criadores de Suínos) divulgou que a bolsa de suínos do estado permanece em R$ 3,90 o quilo do animal vivo no mercado independente.
O cenário de estabilidade preocupa a cadeia, já que a recuperação na demanda esperada para o último trimestre do ano, ainda não ocorreu.
“Muitos estão tentando renegociar dívidas, mas não conseguem porque o banco já não libera mais crédito devido ao risco que existe na atividade. Os produtores independentes e mini integradores estão abandonando a atividade. Muitos frigoríficos compram os animais, mas não pagam, fazendo com que não haja viabilidade econômica na propriedade”, desabafa o presidente da ACCS, Losivanio Luiz de Lorenzi.
Frango vivo: Sem reação da demanda mercado encerra mais um dia estável
Por Larissa Albuquerque
Os preços do frango vivo encerram mais um dia sem modificações. Em São Paulo a referência completa a décima semana de manutenção em R$ 3,10 o quilo. Já em Minas Gerais a cotação permanece em R$ 3,30/kg.
Sem registrar modificações desde o final de agosto, o setor enfrenta um longo período de estabilidade que contraria as expectativas para o quarto trimestre.
Tradicionalmente, os últimos meses do ano são marcados por um bom desempenho da demanda, visto que o pagamento dos décimos terceiros salários, abonos salários e férias, tendem a ser revertidos em consumo de proteínas. Neste ano, porém, o fraco desempenho do consumo vem limitando as altas das aves vivas - assim como as demais proteínas.
No mercado de frango vivo o período é de estabilidade, enquanto que o abatido vem registrando valorizações. Entre setembro e outubro, enquanto a cotação do vivo ficou inalterada em R$ 3,10/kg no mercado paulista, o abatido registrou valorização de 4%.
Esse cenário evidencia que o volume de produção dos independentes teve pouca influência no mercado. Embora a oferta venha caindo significativamente, as agroindústrias continuam operando - quase exclusivamente - com a produção própria e recorrendo minimamente as ofertas “spot”.