Mercado de carnes aposta em aquecimento da demanda e retomada dos preços no curto prazo

Publicado em 09/11/2016 07:49

Boi Gordo: Expectativa no curto prazo quanto ao aquecimento da demanda e retomada dos preços

Por Scot Consultoria

Apesar de ainda serem observadas algumas quedas no mercado do boi gordo, estão se tornando cada vez mais comuns pagamentos acima da referência.

A recente alta no mercado atacadista de carne com osso, reflexo dos estoques enxutos, é um dos principais fatores que colabora para a retomada nos preços, além da oferta restrita de boiadas terminadas.

Por outro lado, há incertezas quanto ao consumo e as escalas, que apesar de curtas para algumas indústrias, estão equilibradas com a demanda atual. Isto limita pagamentos maiores. 

Em São Paulo, são observadas ofertas de compra tanto R$ 2,00/@ acima, como abaixo da referência. Nesse último caso os negócios acontecem de forma lenta ou não acontecem.

No estado as programações de abate atendem em torno de cinco dias.  Alguns frigoríficos estão pulando dias e/ou abatendo em menor volume frente à capacidade total, na tentativa de manter os estoques de carne enxutos.

Em curto prazo, fica a expectativa quanto ao aquecimento da demanda e consequentemente retomada dos preços no mercado do boi gordo, comportamento comum para os últimos meses do ano.

Suíno vivo: SC, SP e MG define manutenção de preço nesta terça (8)

Por Larissa Albuquerque

Três estados definiram preços estáveis nesta semana, após na segunda (7), o Rio Grande do Sul seguir a mesma tendência.

Nesta terça (8), a bolsa de comercialização de suínos "Mezo Wolters" em São Paulo, definiu pela manutenção nos preços do suíno vivo pela nona semana consecutiva. Com isso a referência permanece entre R$ 77,00 a R$ 79,00/@ [equivalente a R$ 4,11 a R$ 4,21/Kg vivo] na condições bolsa, segundo informações da APS (Associação Paulista de Suinocultores).

Já em Minas Gerais, a Associação dos Suinocultores do Estado (ASEMG) informou que representantes de ambos os elos da cadeia suinícola determinaram a permanência do valor de comercialização do quilo do suíno vivo em R$4,20.

Em Santa Catarina a ACCS (Associação Catarinense de Criadores de Suínos) divulgou que a bolsa de suínos do estado permanece em R$ 3,90 o quilo do animal vivo no mercado independente.

O cenário de estabilidade preocupa a cadeia. “Há muitos produtores desistindo da atividade. Esperava-se que haveria melhores preços neste último trimestre do ano, mas não ocorreu”, diz o presidente da ACCS, Losivanio Luiz de Lorenzi.

Conforme explica o Cepea (Centro de Estudo Avançados em Economia Aplicada), “a demanda por carne suína in natura diminuiu ainda mais no final de outubro, o que pressionou as cotações”, declaram os pesquisadores do Centro.

“Muitos estão tentando renegociar dívidas, mas não conseguem porque o banco já não libera mais crédito devido ao risco que existe na atividade. Os produtores independentes e mini integradores estão abandonando a atividade. Muitos frigoríficos compram os animais, mas não pagam, fazendo com que não haja viabilidade econômica na propriedade”, desabafa Lorenzi.

Frango vivo: Mercado independente registra mais um dia de estabilidade

Por Larissa Albuquerque

A terça-feira (8) encerra estável no mercado independente do frango vivo. Sem registrar modificações desde o final de agosto, o setor enfrente um longo período de estabilidade diante da retração no consumo.

Em São Paulo o preço de referência completa a décima semana de manutenção em R$ 3,10 o quilo. Já em Minas Gerais a cotação permanece em R$ 3,30/kg.

Altas ocorrem, no entanto, no mercado atacadista de São Paulo. Em sete dias a carcaça valorizou 1,4%. "A reposição de estoques pelo varejo foi mais intensa nos últimos dias, o que ocasionou as valorizações", avalia a Scot Consultoria.

Porém, esses aumentos não refletem diretamente na remuneração dos produtores integrados, uma vez que o consumo abaixo da média dos últimos anos, faz com que as agroindústrias optem por trabalhar apenas com o sistema de integração, recorrendo menos a oferta livre.

Contudo, a Consultoria não descarta a possibilidade de valorizações do mercado paulista dos próximos dias, já que a proximidade com o pagamento dos décimos terceiros salários, abonos salariais e férias, podem impulsionar a demanda pela proteína.

Na visão do analista da Safras & Mercado, Fernando Iglesias,  “o consumo até foi bom nos últimos meses, mas a percepção é que a oferta também foi ampliada, impossibilitando as tentativas de reajustes mais expressivos nas cotações”, afirma.

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Fonte: Notícias Agrícolas + Scot

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