Mais um dia de pressão sobre as cotações do boi gordo, frango e suíno vivo

Publicado em 27/04/2016 08:06

Boi Gordo: Pressão de baixa continua devido à melhora gradativa de oferta

Por Isabella Camargo, zootecnista da Scot Consultoria

Continua a pressão de baixa observada nas últimas semanas.  

A diminuição no volume de chuvas, na maioria dos estados pesquisados, resultou em menor capacidade de suporte das pastagens, o que levou à melhora gradativa da oferta e possibilitou o alongamento das escalas de abate.

Das trinta e uma praças pesquisadas pela Scot Consuloria, houve desvalorização em dez para o boi gordo.

Já em São Paulo, o mercado está andando de lado.  

Por um lado a oferta está restrita, o que resultou no encurtamento das escalas e limitou novas quedas. As programações de abate atendem em torno de quatro a cinco dias.

Por outro lado, o escoamento da carne continua lento. O boi casado de animais castrados está cotado em 9,47/kg.

Frango Vivo: Em Minas Gerais, preços voltam a cair nesta 3ª feira

Por Sandy Quintans

Por mais um dia, as cotações em Minas Gerais voltaram a cair nesta terça-feira (26). Segundo informações da AVIMIG (Associação dos Avicultores de Minas Gerais), a referência de negócios passa de R$ 2,45/kg para R$ 2,35/kg. No último fechamento, as cotações já haviam cedido na praça de comercialização.

Já em São Paulo, o mercado fecha estável, após as baixas da semana anterior. Com isso, a referência de negócios segue em R$ 2,60/kg. Com os recuos dos últimos dias, o poder de compras do avicultor paulista cedeu, segundo explica a Scot Consultoria. Atualmente, é possível comprar 3,21 quilos de milho, frente aos 4,68 quilos há um ano.

Segundo analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, algumas regiões registram aumento na oferta de animais, o que pode ser fator de pressão para o mercado. “Há evidentes sintomas de excedente de oferta no mercado interno, mesmo que a demanda não seja um problema”, afirmou o analista.

Custos de produção

Pela primeira vez no ano, os custos de produção registraram baixa, segundo levantamento da Embrapa Suíno e Aves. O ICPFrango/Embrapa chegou a 214,78 pontos em março, o que representa uma baixa de 4,48% em relação ao levantamento de fevereiro deste ano. Por outro lado, no acumulado do ano, a alta é de 21,41%.

A baixa no índice deste mês está ligada ao recuo de preços do farelo de soja, devido ao avanço da colheita da safra de verão. “Houve uma queda de 15% e 25% no preço (do farelo de soja), embora o milho tenha continuado aumentando”, disse o analista da área de socioeconomica e responsável pelos índices de custos de produção do CIAS, Ari Jarbas Sandi, em entrevista ao CarneTec.

Suíno Vivo: Preços cedem em MG, GO e PR nesta 3ª feira

Por Sandy Quintans

Os preços para o suíno vivo voltaram a recuar em mais regiões nesta terça-feira (26). Desta vez, as cotações cederam também em Minas Gerais, Goiás e Paraná. Com o consumo mais fraco no final do mês, os preços seguem caindo, apesar da necessidade de reajustes positivos para o mercado. Além disto, há um excedente da oferta de animais, segundo aponta o analista da Safras & Mercado, Allan Maia.

A bolsa de suínos de Minas Gerais definiu preços em R$ 3,25/kg para os próximos dias, baixa de R$ 0,10 em relação a semana anterior. “Nós estávamos numa situação ruim e piorou um pouco mais. A expectativa está na próxima semana, que devido ao dia das mães costuma ser uma boa semana e esperamos que enxugue o mercado”, explica o presidente da ASEMG (Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais), Antônio Ferraz.

Já no Paraná, a APS (Associação Paranaense de Suínos) aponta que a bolsa de suínos fechou em R$ 2,92/kg, enquanto que a definição prévia era de R$ 3,05/kg. Na semana anterior os preços haviam fechado estáveis, mas já vinha de um histórico de baixas de preços.

Em São Paulo, a APCS (Associação Paulista de Criadores de Suínos) divulgou nesta segunda-feira que os preços chegaram ao pior patamar em dólares dos últimos oito anos – US$ 0,86/kg. A bolsa de suínos fechou entre R$ 58 a R$ 59/@ - o mesmo que R$ 3,04 a R$ 3,15 pelo quilo. “Este é o pior momento da suinocultura, custo de produção continua apertado e há um aumento do farelo de soja e milho, motivado pela escassez de chuva também colaboram para essa queda”, afirma o presidente da APCS, Valdomiro Ferreira.

Custos de produção

Por outro lado, o índice de custos de produção medido pela Embrapa Suínos e Aves aponta que houve uma redução pela primeira vez no ano, embora o acumulado ainda seja negativo. O ICPSuíno/Embrapa fechou com 217,83 pontos, uma redução de 0,40% em comparação ao levantamento anterior. Por outro lado, no acumulado dos últimos 12 meses há uma alta de 21,27%.

A baixa do mês está associada a queda dos preços do farelo de soja, devido ao período de colheita da safra de verão. “Houve uma queda de 15% e 25% no preço (do farelo de soja), embora o milho tenha continuado aumentando”, disse o analista da área de socioeconomica e responsável pelos índices de custos de produção do CIAS, Ari Jarbas Sandi, em entrevista ao CarneTec.

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Fonte: Notícias Agrícolas + Scot

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