Demanda lenta pressiona cotações do frango e suíno vivo

Boi Gordo: Oferta de animais terminados aumentou e a cotação está pressionada

Por Isabella Camargo, zootecnista da Scot Consultoria

As escalas de abate estão se alongando no país.

Com a melhora recente da disponibilidade de animais terminados, as indústrias reduziram as ofertas de compra (preços). Isso resultou em queda da referência em quatro praças.

No entanto, na praça de Cuiabá – MT, a dificuldade de compra resultou em aumento dos preços.

Em Araçatuba – SP, a arroba está cotada em R$156,00, à vista, com oferta de negócios em valores menores. As programações de abate dos frigoríficos paulistas atendem em torno de seis dias.

Na ponta final da cadeia, o escoamento continua lento, o que mantém os estoques altos e não permite melhoras nos preços. Desvalorizações não estão descartadas para os próximos dias.

O boi casado de animais castrados está cotado em R$9,49/kg. Queda de 4,1% desde o início do ano.

Frango Vivo: Preços voltam a cair em São Paulo nesta 3ª feira

Por Sandy Quintans

O mercado de frango vivo segue registrando baixas de preços nesta terça-feira (19). Em São Paulo, as cotações cederam R$ 0,05 e o vivo passa a ser comercializado a R$ 2,65/kg. Em Minas Gerais, a referência fechou estável em R$ 2,70/kg, após a baixa registrada no último fechamento.

Há alguns dias, o mercado registra queda de preços em grande parte das regiões, após semanas de estabilidade nas cotações. Nem mesmo a primeira quinzena do mês – quando o consumo é maior, devido ao recebimento de salários – foi suficiente para que os preços do vivo reagissem.

De acordo com o boletim do Cepea, as cotações estão nos menores patamares das regiões acompanhadas pelo centro, incluindo vivo, resfriado e congelado.  “Mesmo com as exportações recordes de carne de frango in natura no primeiro trimestre, a oferta doméstica ainda supera a demanda – que segue reduzida não apenas no atacado e varejo, mas também no mercado spot do animal vivo”, apontam os pesquisadores.

Com os altos custos de produção, o mercado necessidade de reajustes, mas o cenário econômico – reduzindo compras – e a oferta elevada em algumas regiões têm pressionado as cotações. 

Suíno Vivo: Cotações cedem também em Minas Gerais e Paraná nesta 3ª feira

Por Sandy Quintans

Mais praças registraram queda nas cotações nesta terça-feira (19). Em Minas Gerais, a bolsa de suínos definiu negócios em R$ 3,35/kg para os próximos dias, com validade até a próxima segunda-feira (25). A referência estava em R$ 3,50/kg. Na semana anterior, a região foi uma das poucas a trabalhar com estabilidade.

Além da praça mineira, as cotações também cederam no Paraná. A bolsa de suínos do estado definiu negócios em R$ 3,04/kg para os próximos dias, caindo apenas R$ 0,01 em relação a referência anterior. Na última semana, as cotações no estado já haviam cedido 4,70%.

Outras regiões definiram baixa de preços nesta semana, como no Rio Grande do Sul. Segundo a pesquisa semanal de ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul), a referência na praça passa a ser de R$ 3,08 pelo quilo do vivo.

Já em São Paulo, a bolsa definiu preços estáveis, entre R$ 58 e R$ 60/@, o equivalente a R$ 3,09 a R$ 3,20/kg. A Scot Consultoria aponta que com os preços firmes para a semana e a ligeira queda nas cotações do milho, houve uma pequena melhora no poder de compra dos suinocultores paulistas.

“Atualmente, é possível comprar 3,98 quilos do grão com um quilo de suíno. Há sete dias esta relação estava em 3,90”, aponta a consultoria. Além disto, explicam que a demanda está enfraquecida, mas que há ajuste na oferta.