Não houve valorização real da carne bovina sem osso em doze meses

Publicado em 12/04/2016 09:32

Os preços da carne bovina sem osso vendida pelos frigoríficos, em doze meses, foram apenas corrigidos pela inflação. Praticamente, não houve valorização real.

Na média de todos os corte pesquisados, as cotações subiram 11,0%, contra um IPCA ao redor de 10,5%, considerando para março de 2016 o índice projetado pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima), já que o oficial ainda não foi divulgado.

A carne de traseiro, por exemplo, não teve força para acompanhar a inflação, subindo 10,2% no período.

Analisando intervalos mais curtos, o cenário é pior. Em trinta dias, o produto teve desvalorização de quase 2,0% e, em uma semana, de 0,5%.

O resultado das indústrias do setor reflete este cenário. A margem de comercialização dos frigoríficos, diferença entre a receita total no mercado interno e o preço pago pelo boi gordo, alcançou o pior patamar do ano, 14,1%.

Considerando que, no curto prazo, a matéria-prima deve seguir escassa, e “cara”, e o escoamento não deve sofrer nenhum estímulo, não há nada que aponte para uma recuperação.

Tags:

Fonte: Scot Consultoria

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Proposta define regras para rotulagem da carne bovina
Exportações totais de carne bovina desaceleram em junho e receita cai 11%
Exportação catarinense de carnes cresce no primeiro semestre do ano e alcança segundo melhor resultado da série histórica
ABPA: proteína animal na cesta básica isente; vitória da segurança alimentar
Carnes na cesta básica não compromete a alíquota padrão do IVA, diz ABRAS
Abertura de mercado no Chile para vísceras comestíveis