Suíno vivo registra nova queda de preço em MT; Boi gordo e frango seguem estáveis
Boi Gordo: Mercado estável com oferta restrita de animais e venda de carne lenta
Por Juliana Serra, médica veterinária da Scot Consultoria
Mercado do boi gordo andando de lado em São Paulo.
O lento escoamento da carne aliado à disponibilidade restrita de animais terminados não têm deixado espaço para modificações no preço da arroba. Alguns frigoríficos conseguiram comprar melhor depois que aumentaram o preço das ofertas de compra.
Das trinta e uma praças pesquisadas, houve quedas em duas e valorização em apenas uma.
As escalas continuam curtas, atendendo entre três e quatro dias, com indústrias com ociosidade elevada.
A margem de comercialização dos frigoríficos que fazem desossa está em 14,4%. No início do ano era de 25,3%. Queda de 10,9 pontos percentuais.
No mercado atacadista de carne com osso, os preços estão estáveis. O boi casado de animais castrados está cotado em R$ 9,93/kg.
Frango Vivo: Mercado segue registrando preços estáveis nesta 4ª feira
Por Sandy Quintans
As cotações para o frango vivo seguem registrando estabilidade nas principais praças de comercialização. Nesta quarta-feira (06), a referência de negócios em São Paulo é de R$ 2,80/kg e em Minas Gerais está em R$ 2,95/kg, já há algumas semanas. Apesar da necessidade de reajustes do mercado, os preços não conseguem esboçar reação.
Segundo informações da Scot Consultoria, a demanda no cenário doméstico está enfraquecida, apesar dos embarques terem contribuído para o escoamento da produção. O pesquisador do Cepea, Augusto Maia, também aponta que o mercado vem registrando pouca procura pela proteína no último mês, justificado pelo período de quaresma.
Por outro lado, a tendência é positiva para o curto prazo. Maia explica que com o fim de restrição no consumo e também pelos preços atrativos, pode levar a um aumento na demanda. Já no longo prazo, as reduções do preço da carne suína pode diminuir a competitividade da carne de frango.
"Como o preço do frango tem subido consecutivamente, a diferença entre as outras proteínas está caindo bastante. A carne de frango, por exemplo, vale aproximadamente a metade do valor da suína, mas em algumas regiões já é possível observar esses preços se equivalendo", alerta Maia.
Milho
Outra preocupação para o setor são as altas registradas para aquisição do milho – chegando até a se aproximar de R$ 50 pela saca –, que tem elevado os custos de produção de produtores. De acordo com o Cepea, apesar da colheita da safra de verão, há pouca disponibilidade do cereal no mercado, além de muitos negócios antecipados.
“Com dificuldade de encontrar o cereal no mercado interno, principalmente grandes lotes, agentes ligados à produção de proteína animal já tem feito algumas importações de países vizinhos como Paraguai e Argentina”, aponta o Centro.
Suíno Vivo: Cotações voltam a recuar em Mato Grosso nesta 4ª feira
Por Sandy Quintans
Mais praças registraram queda de preços nesta quarta-feira (06). De acordo com a Acrismat (Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso), a referência de negócios do estado passa de R$ 2,80/kg para R$ 2,73/kg. Na última semana, a praça já havia registrado baixa nas cotações.
Esta não foi a única região a ter queda de preços nos últimos dias. Em São Paulo, a bolsa de suínos fechou negativa, entre R$ 63 a R$ 65/@ - o mesmo que R$ 3,36 a 3,47/kg vivo. Em Santa Catarina, a referência é R$ 3,00/kg, queda de R$ 0,40 em relação a definição anterior. Já em Minas Gerais a referência de negócios cedeu R$ 0,10 e fechou em R$ 3,50 pelo quilo do vivo para os próximos dias.
Além das quedas nas cotações, o setor ainda enfrenta problemas com os custos de produção. Com a valorização do dólar frente ao real, as exportações de milho tiveram crescimento considerável desde o último trimestre de 2015, o que levou os preços subirem no mercado interno, além de existir a escassez da oferta do cereal.
Segundo o Cepea, a colheita da safra de verão tem seguido nas principais regiões, mas a disponibilidade é pequena, enquanto os negócios seguem aquecidos. “Com dificuldade de encontrar o cereal no mercado interno, principalmente grandes lotes, agentes ligados à produção de proteína animal já tem feito algumas importações de países vizinhos como Paraguai e Argentina”, aponta o Centro.