Mercado de carnes no atacado têm mais uma semana de recuperação nas cotações
Boi Gordo: Mercado firme com dificuldade para compra de boiadas
Por Isabella Camargo, zootecnista da Scot Consultoria
O mercado do boi gordo está com preços firmes. Não tem sido fácil adquirir boiadas.
Assim, a dificuldade de aquisição de bovinos terminados é o fator que tem balizado o mercado.
Desde o início do ano, na média de todas as praças pesquisadas pela Scot Consultoria, o preço da arroba do animal terminado subiu 4,5%.
A melhora das pastagens, principalmente no Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país, dá condições de alguns pecuaristas manterem os animais na fazenda por mais tempo, colaborando para a diminuição da oferta.
Por outro lado, no Norte do Tocantins e no Espirito Santo, a diminuição da pressão de compra levou à queda no preço da arroba nesta sexta-feira.
As recentes quedas no preço da carne diminuíram as margens das indústrias que está em 14,7%, queda de 5,2% quando comparado
a mesmo período do ano passado, gerando sinal de alerta para as indústrias que trabalham somente no mercado interno.
O boi casado de animais castrados está cotado em R$9,70/kg, frente a R$10,06 no início do ano.
Frango Vivo: Mercado registra semana de altas de preços em diversas regiões
Por Sandy Quintans
Nesta sexta-feira (26), as cotações para o frango vivo encerram estáveis nas principais praças de comercialização. Apesar dos preços firmes, a semana foi marcada por altas consecutivas em algumas regiões. Além disto, as exportações também seguiram com ritmo positivo em comparação ao mês anterior e mesmo período de 2015.
O levantamento semanal realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, aponta que Minas Gerais foi a região que registrou maior valorização. Na praça, as cotações subiram 5,36% nos últimos sete dias e fechou em R$ 2,95/kg. No mês, a valorização é de 15%, segundo informações divulgadas pelo Cepea.
Na região sul, os produtores independentes também tiveram aumento de preços nesta semana. No estado de Santa Catarina, o acréscimo foi de 3,92% e negócios em R$ 2,65/kg. Já no Paraná, as cotações subiram 3,14% e a referência encerra a semana a R$ 2,63/kg. Veja no gráfico:
A recuperação de preços está ligada ao aquecimento da demanda, tanto interna quanto externa, além da necessidade de reajuste devido ao aumento nos custos de produção. Em entrevista ao Notícias Agrícolas, a analista do Cepea, Camila Ortelan, explica que com a oferta ajustada nas granjas, as cotações tiveram força para subir nas duas últimas semanas – após o feriado de Carnaval.
O cenário também é reflexo da redução na oferta de animais em dezembro de 2015, devido a perspectiva de redução do consumo no primeiro trimestre, que historicamente é menor, tanto no cenário doméstico quando no externo. De outubro para novembro, houve queda de 9,3%, passando de 864,7 mil toneladas para 784,5 mil toneladas; no mês seguinte, o recuo foi de mais 7%, para 729,9 mil toneladas.
"Neste contexto, as exportações também tendem a serem um pouco mais contidas neste período, então diante desse cenário, já em novembro os avicultores reduziram significativamente o alojamento", explica a pesquisadora.
A Scot Consultoria também aponta que a demanda externa está contribuindo para o ajuste na oferta de animais. “Este incremento nos embarques tem colaborado com o escoamento da produção, melhorando os preços ao produtor”, aponta analista da consultoria, Juliana Pila. Com isso, em apenas em fevereiro as cotações subiram 12% na praça paulista.
Exportações
Nesta semana, os embarques de carne de frango in natura continuaram registrando números positivos. De acordo com dados parciais divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), em 13 dias úteis foram exportados 203,3 mil toneladas, com média diária de 15,6 mil toneladas.
Comparando os dados por dia, houve um crescimento de 9,2% em relação a janeiro, enquanto que em comparação com o mesmo período de 2015, o aumento é de 5,2%. Em receita, os números apontam para US$ 274,3 milhões.
Leilões
Por outro lado, os custos de produção seguem como preocupação ao setor, com o aumento de insumos de milho e farelo de soja. Em entrevista a Agência Brasil, o professor e economista da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema/Dace/Unijui), Argemiro Luís Brum, aponta que as altas não são suficientes para acompanhar as subidas nos custos de produção.
O analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, também aponta para a necessidade de repasse de custos de produção. “Em muitas regiões o custo estava superando o preço final, caso de São Paulo e Minas Gerais, por exemplo, e os ajustes se tornaram uma necessidade para o produtor”, explica.
Com isso, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) tem realizado leilões de estoques públicos de milho, destinando para criadores. Na próxima quarta-feira (02) serão ofertadas mais dois lotes com o total de 150 mil toneladas, com valores entre entre R$ 20,22 a saca a R$ 30,78 a saca de 60 kg do cereal.
Suíno Vivo: Preços têm mais uma semana de recuperação e cotações encerram com alta nesta 6ª feira
Por Sandy Quintans
Novas altas foram registradas para o suíno vivo nesta sexta-feira (26). Após os reajustes na maioria das praças de comercialização, a bolsa de suínos de Santa Catarina também definiu negócios em R$ 3,40/kg para a semana, um acréscimo de 4,55% em comparação a referência anterior. Além do aumento de preços, as exportações também registraram balanço positivo na semana.
Apesar da recuperação de preços em algumas praças, o cenário ainda é preocupante para suinocultores. De acordo com analista da Safras & Mercado, Allan Maia, custos de produção e demanda interna desaquecida seguem como principais preocupações para o mercado, mesmo com algumas reações nas cotações.
O analista também aponta que a tendência para os próximos dias é de preços estáveis para o curto prazo. Com a chegada de março, a expectativa é de demanda aquecida – por ser o período do mês que historicamente o consumo aumenta.
Já o Cepea aponta que o preço da carne suína tem a menor relação com a bovina desde a série histórica iniciada em 2014. “Na parcial deste mês (até o dia 24), a carcaça especial suína é negociada a R$ 5,22/kg, enquanto a carcaça casada bovina, a R$ 10,01/kg (ambas no atacado da Grande São Paulo), forte diferença de 4,79 reais por quilo”, apontam os pesquisadores.
No mês anterior, as cotações para o suíno vivo vinham registrando quedas consecutivas de preços, alavancadas por uma alta oferta de animais no cenário doméstico, apesar de ritmos positivos de embarques. O Centro também aponta que a situação é consequência da nos insumos – milho e farelo de soja -, que levou muitos produtores a abaterem antes do peso ideal para diminuir gastos nas propriedades.
De acordo com o levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, a maior alta registrada na semana foi em São Paulo, que subiu 15,27%. A Bolsa de Suínos paulista definiu entre R$ 65 a R$ 66/@ - o mesmo que R$ 3,47/kg a R$ 3,52/kg. Na última semana, grande parte da comercialização fechou em R$ 65/@, por isso o reajuste positivo.
Em Rio Grande do Sul, as cotações também tiveram alta significativa, de 12,42%. De acordo com a pesquisa semanal da ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul), os preços médios pagos aos independentes teve alta de R$ 0,15 e fechou em R$ 3,29/kg. Já o valor da saca de milho teve uma leve redução e ficou em R$ 38 por saca na média estadual.
Em Minas Gerais, a bolsa de suínos encerrou com R$ 3,50/kg. De acordo com a ASEMG (Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais), produtores sugeriram a cotação de R$ 3,60/kg, apostando no aumento da comercialização. Já frigoríficos apontam a dificuldade de repassar custos ao consumidor final.
Leilões
Por outro lado, os custos de produção seguem como preocupação ao setor, com o aumento de insumos de milho e farelo de soja. Em entrevista a Agência Brasil, o professor e economista da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema/Dace/Unijui), Argemiro Luís Brum, aponta que as altas não são suficientes para acompanhar as subidas nos custos de produção.
Com isso, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) tem realizado leilões de estoques públicos de milho, destinando para criadores. Na próxima quarta-feira (02) serão ofertadas mais dois lotes com o total de 150 mil toneladas, com valores entre R$ 20,22 a saca a R$ 30,78 a saca de 60 kg do cereal.
Exportações
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgou nesta semana, números parciais de embarques de fevereiro para carne suína in natura. Em 13 dias úteis, foram exportados 31,5 mil toneladas, com média diária de 2,4 mil toneladas. Em relação ao mesmo período de 2015, houve um crescimento de 98,5% se comparado os embarques por dia. Em receita, os embarques somam US$ 55,4 milhões.