Boi gordo e frango vivo registram nova alta nesta semana; Suíno permanece estável

Publicado em 26/02/2016 08:02

Boi Gordo: Pressão de alta com mercado disputado; em Araçatuba-SP a referência subiu para R$ 156,00/@

Por Gustavo Aguiar, zootecnista da Scot Consultoria

Mercado firme, em decorrência da dificuldade de compra de boiadas. 

A referência para a região de Araçatuba-SP subiu e está cotada em R$156,00/@, à vista. Existem negócios acima deste valor.

A concorrência entre as indústrias está acirrada. O cenário de redução de margens nas últimas semanas ainda não limita as valorizações para o boi.

Porém, a margem de comercialização dos frigoríficos que trabalham somente no mercado interno está atingindo patamares que inspiram cautela. 

A diferença entre o preço pago pelo boi gordo e o recebido pelo Equivalente Scot Desossa está em 14,7%. No mesmo período do ano passado, estava em 15,5%.

No mercado atacadista de carne bovina com osso, preços estáveis. A carcaça de bovinos castrados está cotada em R$9,70/kg. 

Frango Vivo: Minas Gerais registra terceira alta de preços da semana nesta 5ª feira

Por Sandy Quintans

Nesta quinta-feira (25), o mercado de frango vivo continuou registrando altas. Novamente, as cotações em Minas Gerais tiveram o reajuste de R$ 0,05, com o vivo sendo comercializado em R$ 2,95/kg - esta é o terceiro reajuste da semana na praça. Em São Paulo, a referência permanece em R$ 2,80/kg, depois de uma semana de valorizações de preços.

A Scot Consultoria aponta o aquecimento na demanda externa tem contribuído para o ajuste da oferta de animais. “Este incremento nos embarques tem colaborado com o escoamento da produção, melhorando os preços ao produtor”, aponta analista da consultoria, Juliana Pila. Com isso, em apenas em fevereiro as cotações subiram 12% na praça paulista.

De acordo com dados parciais divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), em 13 dias úteis foram exportados 203,3 mil toneladas, com média diária de 15,6 mil toneladas. Comparando os dados por dia, houve um crescimento de 9,2% em relação a janeiro, enquanto que em comparação com o mesmo período de 2015, o aumento é de 5,2%. Em receita, os números apontam para US$ 274,3 milhões.

Além disto, algumas regiões também registraram aumento no número de abates em janeiro. No Paraná houve alta de 9,6% em comparação com janeiro de 2015, totalizando 142,17 milhões de cabeças de frango foram abatidas – de acordo com dados divulgados pela Sindiavipar (Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná).

Suíno Vivo: Mercado registra preços estáveis nesta 5ª feira

Por Sandy Quintans

As cotações para o suíno vivo registraram mais um dia de estabilidade nesta quinta-feira (25). Nesta semana, algumas praças de comercialização registraram reação de preços, após algumas semanas de pressão nas cotações. Apesar disto, os atuais patamares ainda estão abaixo aos praticados no final de 2015.

De acordo com o Cepea, o preço da carne suína tem a menor relação com a bovina desde a série histórica iniciada em 2014. “Na parcial deste mês (até o dia 24), a carcaça especial suína é negociada a R$ 5,22/kg, enquanto a carcaça casada bovina, a R$ 10,01/kg (ambas no atacado da Grande São Paulo), forte diferença de 4,79 reais por quilo”, apontam os pesquisadores.

No mês anterior, as cotações para o suíno vivo vinham registrando quedas consecutivas de preços, alavancadas por uma alta oferta de animais no cenário doméstico, apesar de ritmos positivos de embarques. O Centro também aponta que a situação é consequência da nos insumos – milho e farelo de soja -, que levou muitos produtores a abaterem antes do peso ideal para diminuir gastos nas propriedades.

Em entrevista ao Notícias Agrícolas nesta semana, o presidente da ACCS (Associação Catarinense dos Criadores do Suínos), Losivânio de Lorenzi aponta que houve um definição entre suinocultores para reduzir a oferta de animais no estado, o que resultou em um aumento de R$ 0,25 nesta semana.

 "Os suinocultores que vinham comercializando em um peso entre 105 a 115 quilos, quando viram que os preços começaram a cair semanalmente e os custos aumentando, começaram a ofertar animais mais leves para fazer um giro financeiro dentro da propriedade. Só que isso se intensificou tanto que sobrecarregou a oferta no mercado", explica Lorenzi.

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Fonte: Notícias Agrícolas + Scot

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