Boi gordo e frango vivo dão continuidade ao movimento de alta em SP; Suíno fica estável

Publicado em 25/02/2016 08:10

Boi Gordo: Dificuldade de compra puxa alta dos preços; em SP já há negócios até R$ 1,50/@ acima da referência

Por Maisa Módolo, zootecnista da Scot Consultoria

A dificuldade na realização de negócios persiste no mercado do boi gordo, fator que vem puxando as altas dos preços.

Em São Paulo, a cotação de referência da arroba do boi gordo subiu para R$154,00 em Barretos e R$154,50 em Araçatuba. Alguns negócios ocorrem em valores até R$1,50/@ maiores.

As programações de abate estão curtas. Parte das indústrias está preenchendo a escala da próxima segunda-feira (29/2), o que aumenta a pressão de compra.

Além disso, com as chuvas regulares, a melhora na capacidade de suporte dos pastos dá condições de que os pecuaristas posterguem as vendas, na espera de melhora dos preços da arroba.

Mas com as recentes desvalorizações da carne e a consequente piora da margem dos frigoríficos, há resistência em valorizações mais expressivas. 

Os frigoríficos de Goiás, por exemplo, vêm testando preços menores desde o início da semana, na tentativa de melhora das margens. Hoje os preços caíram no estado.

O escoamento da produção está lento e a proximidade da entrada do mês ainda não gerou expectativa de melhora no consumo, o que não descarta a possibilidade de desvalorizações no atacado.

Frango Vivo: Preços continuam subindo em Minas Gerais nesta 4ª feira

Por Sandy Quintans

Nesta quarta-feira (24), as cotações para o frango vivo registraram mais uma alta. Em Minas Gerais, a referência passou para R$ 2,90/kg, após um novo acréscimo de R$ 0,05. Esta é a segunda alta na praça nesta semana. Já em São Paulo, as cotações encerram estáveis em R$ 2,80/kg – após uma semana de valorizações de preços.

Segundo o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o mercado registrou reação de preços, devido ao ajuste na oferta de animais. Iglesias também aponta que novas altas podem ser registradas, mas devem ser mais comedidas – visto que a segunda quinzena do mês é o período de menor consumo para as proteínas. 

A Scot Consultoria também aponta que a oferta foi a principal o fator para as últimas altas, visto que pelo lado da demanda não há grandes mudanças. “Para o curto prazo, o volume de vendas deve reduzir, e os preços, no atacado, podem continuar sofrendo ajustes negativos”, explica a consultoria.

Por outro lado, os custos de produção seguem como preocupação ao setor, com o aumento de insumos de milho e farelo de soja. Em entrevista a Agência Brasil, o professor e economista da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema/Dace/Unijui), Argemiro Luís Brum, aponta que as altas não são suficientes para acompanhar as subidas nos custos de produção. 

Diante deste cenário, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) irá realizar mais dois leilões de milho na próxima terça-feira (02). Desta vez, serão ofertados 150 mil toneladas, divididos em 66.420,055 mil toneladas e 83.579,945 mil toneladas do cereal.

Suíno Vivo: Após altas em SP e RS, preços encerram estáveis nesta 4ª feira

Por Sandy Quintans

Após as altas em algumas das praças de comercialização, as cotações para o suíno vivo encerram estáveis nesta quarta-feira (24). Nesta semana houve a reação de preços em São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, alavancados por um ajuste na oferta de animais.

A Scot Consultoria aponta que para os próximos dias deve ser de estabilidade, devido ao período do mês de menor consumo. “Para o curto prazo, a expectativa é que o mercado se mantenha no mesmo patamar, porém reduções nos preços não estão descartadas, visto a apatia do consumidor final”, aponta.

Em Santa Catarina, nesta semana ainda não houve definição de preços, mas na anterior as cotações subiram R$ 0,25. Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o presidente da ACCS (Associação Catarinense dos Criadores do Suínos), Losivânio de Lorenzi, aponta que houve um definição entre suinocultores para reduzir a oferta de animais.

"Os suinocultores que vinham comercializando em um peso entre 105 a 115 quilos, quando viram que os preços começaram a cair semanalmente e os custos aumentando, começaram a ofertar animais mais leves para fazer um giro financeiro dentro da propriedade. Só que isso se intensificou tanto que sobrecarregou a oferta no mercado", explica Lorenzi.

Além disto, os custos de produção continuam pressionando margens dos produtores. Diante deste cenário, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) irá realizar mais dois leilões de milho na próxima terça-feira (02). Desta vez, serão ofertados 150 mil toneladas, divididos em 66.420,055 mil toneladas e 83.579,945 mil toneladas do cereal.

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Fonte: Notícias Agrícolas + Scot

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