Melhora da demanda, na última semana, elevou preços das carnes no atacado

Publicado em 22/02/2016 08:07

Boi Gordo: Mercado pouco movimentado, mas com preços firmes; em Araçatuba-SP a referência esta R$ 153,50/@

Por Isabella Camargo, zootecnista da Scot Consultoria

Baixa movimentação no mercado do boi gordo nesta sexta-feira, mas os preços continuam firmes. 

Das trinta e uma praças pesquisadas pela Scot Consultoria para o boi gordo, ocorreram altas em duas.

A dificuldade de compra continua como o principal fator que vem fazendo as indústrias pagarem mais pela arroba, a fim de manter as escalas. 

Além disso, a melhora das pastagens e a expectativa de preços firmes influenciam o terminador a segurar o gado.

Em Araçatuba-SP, a referência para o macho terminado está em R$153,50/@, à vista. Existem negócios em valores maiores e valorizações não estão descartadas em curto prazo.

As programações de abate atendem, em média, três dias, mas há indústrias com escalas menores.

Por outro lado, os preços da carne bovina caíram nesta semana. O boi casado de animais castrados está cotado em R$9,70/kg, preço 2,0% menor, na comparação com o início da semana.

Frango Vivo: Semana encerra com recuperação de preços em grande parte das regiões

Por Sandy Quintans

Nesta sexta-feira (19), novas altas foram registradas para o frango vivo nas principais praças de comercialização. Em São Paulo e em Minas Gerais as cotações subiram novamente em R$ 0,05 e as referências para as duas regiões encerra a semana em R$ 2,80/kg. Nas demais praças, o cenário é de estabilidade de preços.

Após semanas de estabilidade, as cotações registraram altas consecutivas nos últimos dias, alavancados por um aquecimento na demanda – com exportações e aumento no consumo interno. O levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, aponta que nos últimos dias as cotações subiram 12%, a maior alta da semana.

Em Minas Gerais, o cenário também é animador, visto que os preços subiram 9,80%. Já em Santa Catarina, a valorização foi de 6,69% e negócios a R$ 2,55/kg.

De acordo com o analista da Safras & Mercado, novas altas devem continuar sendo registradas, mas devem ser mais comedidas – devido a segunda quinzena do mês se historicamente de menor consumo.

Além disto, houve um enxugamento na oferta, que nas últimas semanas vinham registrando aumento. O Cepea apontou que também foi registrado uma melhora no consumo. “Os preços elevados da carne bovina no contexto de dificuldades macroeconômicas do País também fomentam a demanda pelas substitutas mais baratas, reforçando a fundamentação de alta do frango”, apontam.

Os custos de produção também refletem neste aumento de preço, visto que é necessário ajuste nas margens dos avicultores. O presidente da Sindiavipar (Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Paraná), Domingos Martins, aponta que novas altas devem continuar ocorrendo. “O impacto do preço do milho é muito grande. Somos a cadeia produtiva que mais consome a cultura. Não tem como não repassar”, diz Martins.

Em janeiro, o índice de custo de produção da Embrapa Suínos e Aves teve nova elevação. Houve um aumento de 7,98% na comparação com dezembro de 2015, chegando aos 216,83 pontos. Em um ano, a alta nos custos de produção é de 22,64%.  A nutrição é fator que apresenta maior alta, de 7,31%.

Leilões

Nesta semana, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) realizou mais dois leilões de estoques públicos de milho, para atender o setor de proteína animal. No total foram negociadas 76.436,625 mil toneladas, das 150 mil toneladas ofertadas, o equivalente a 50,96%.

Além deste, novos leilões estão programados para acontecer na próxima semana, no dia 23. A companhia deve ofertar 150 mil toneladas do cereal em duas operações, com valores iniciais de R$ 23,40 pela saca de 60 kg.

Exportações

Na segunda-feira, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) trouxe números parciais de embarques de carne de frango in natura em fevereiro, que continuam registrando crescimento. Em volume, as exportações chegam a 135,7 mil toneladas, com média diária 17,0 mil toneladas.

Comparando a volume diário do mês de janeiro, o crescimento é de 18,5% no período, enquanto que em relação a dezembro de 2015 ocorreu aumento de 14%. Em receita, os embarques somaram US$ 184,7 milhões, em que o valor por tonelada ficou em US$ 1.361,0.

De acordo com o Cepea, caso o ritmo prevaleça, as exportações de carne de frango devem bater o recorde do mês de fevereiro. “Se mantida a média diária de 17 mil toneladas/dia apontadas pela Secex, sairão dos portos brasileiros cerca de 322,3 mil toneladas de carne de frango in natura em fevereiro/16, o que superaria com folga as 268,8 mil toneladas de fevereiro/11”, apontam os pesquisadores.

Suíno Vivo: Cotações registram recuperação em SP, SC e PR, após semanas de baixa de preços

Por Sandy Quintans

As cotações para o frango vivo registraram altas nesta sexta-feira (19). Em Santa Catarina, a bolsa de suíno definiu negócios em R$ 3,30/kg – acréscimo de 8,20% em relação a última definição. Esta é a terceira alta dos últimos dias, após dias de pressão nas cotações, em que São Paulo e Paraná também encerram a semana positiva. Já as exportações encerraram com números positivos, o que deve contribuir ainda mais para o cenário de recuperação de preços.

Ainda nesta semana, o presidente da ACCS (Associação Catarinense de Criadores de Suínos), Losivânio de Lorenzi, apontou houve um crescimento na procura por animais por parte da indústria no final da última semana, visto que o feriado de Carnaval interrompeu abates por alguns dias. Com referência de R$ 3,05/kg definido pela bolsa de suínos no estado, já existe registro de negócios entre R$ 3,10/kg e R$ 3,15/kg.

De acordo com o levantamento semanal realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, a maior alta da semana ocorreu no Paraná, com reajuste de 12,17% e negócios em R$ 3,78/kg. Já em São Paulo o aumento foi de 5,15%, em que referência fechou entre R$ 64 e R$ 65/@ - o mesmo que R$ 3,41 a R$ 3,47/kg. Além disto, nesta semana, diversos negócios foram registrados na praça paulista –todos na casa dos R$ 65/@.

A ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul) divulgou sua pesquisa semanal de preços. Após semanas de baixas, a cotação média dos produtores independentes permanece em R$ 3,14/kg. Para os integrados, o preço médio pago aos produtores ficou em R$ 2,89/kg, uma baixa de R$ 0,02. Por mais uma semana, o valor médio pago pela saca de milho no estado teve uma nova alta. Nesta semana, os preços ficaram em R$ 38,60 por saca.

Em Minas Gerais a bolsa de suínos optou pelo valor de referência em R$ 3,80/kg – estável em relação a última definição. Segundo informações da ASEMG (Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais), houve uma reação para o mercado no final da semana anterior e suinocultores apostam em uma comercialização mais forte nos próximos dias.

Cerca de 64% das  vendas realizadas em no estado mineiro ocorreram em R$ 3,50/kg, 13% entre R$3,80/kg e R$3,60/kg. “Suinocultores optaram por reterem seus animais caso o valor fosse inferior a R$3,50 e os compradores foram obrigados a ceder e a maioria pagou o valor mínimo de R$3,50”, explica a associação.

Segundo o Cepea, muitas regiões estão procurando em ofertar animais para ser comercializado apenas dentro da referência, o que tem contribuído para o cenário positivo. Além disto, as exportações continuam em ritmo positivo e acelerado, com números superiores a janeiro.

Exportações

Dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) nesta semana apontam que, até a segunda semana do mês, foram embarcados 23,0 mil toneladas de carne suína in natura, com média diária de 2,9 mil toneladas. Em comparação com janeiro, a quantidade por dia registra um aumento de 46,8%, enquanto em relação ao mesmo período de 2015, o crescimento é de 135,2%.

A ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) aponta que as exportações totais de carne suína – que inclui todos os produtos in natura e processados, entre cortes, miúdos, carcaça e outros - registraram acréscimo de 63% em janeiro, chegando a 47,1 mil toneladas. Dentre os principais destinos estão Rússia, Hong Kong e China.

“Além destes, em praticamente todos os mercados houve crescimento nas exportações como é o caso de Singapura, Argentina e Uruguai”, detalha o vice-presidente do setor de suínos na ABPA, Rui Eduardo Saldanha Vargas.

Leilões

Nesta semana, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) realizou mais dois leilões de estoques públicos de milho, para atender o setor de proteína animal. No total foram negociadas 76.436,625 mil toneladas, das 150 mil toneladas ofertadas, o equivalente a 50,96%.

Além deste, novos leilões estão programados para acontecer na próxima semana, no dia 23. A companhia deve ofertar 150 mil toneladas do cereal em duas operações, com valores iniciais de R$ 23,40 pela saca de 60 kg.

Peste suína clássica

Outra boa notícia para o setor foi a aceitação da OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) ao pedido realizado pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) para o status de área livre de peste suína clássica. Foi concedido para 14 estados, entre Distrito Federal, Acre, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo, Sergipe e Tocantins. Também estão nessa lista os municípios de Guajará, Boca do Acre, sul do município de Canutama e sudoeste do município de Lábrea, no Amazonas.

“Esta conquista é resultado de um grande esforço da defesa agropecuária e um reconhecimento da competência técnica brasileira”, comemora o secretário de Defesa Agropecuária do ministério, Luis Rangel.

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Fonte: Notícias Agrícolas + Scot

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