Mais um dia de valorização na cotação das carnes no atacado
Boi Gordo: Dificuldade para comprar boiadas faz aumentar os valores ofertados pelos frigoríficos
Por Maisa Módolo, engenheira agrônoma da Scot Consultoria
A frequência de negócios a valores maiores vem aumentando em todo o país, o que levou ao aumento do preço de referência do boi gordo em cinco praças, das trinta e uma pesquisadas.
Ainda que o consumo de carne tenha recuado na última semana e haja resistência em valorizações para a arroba, os frigoríficos aumentaram as ofertas de compra pela dificuldade em adquirir os animais, principalmente em lotes maiores.
Os pastos estão melhorando, o que dá condições de alguns pecuaristas manterem os animais na fazenda por mais tempo.
Os preços da carne bovina caíram, tanto no mercado atacadista quanto na ponta final da cadeia, o varejo. Isto sinaliza a dificuldade de escoamento da produção.
O boi casado de animais castrados está cotado em R$9,70/kg, frente a R$9,90/kg na semana anterior.
Com a arroba em alta e a carne bovina em queda, encolheu a margem de comercialização dos frigoríficos, atualmente em 12,2%, considerando a venda de carne com osso. Para carne sem osso a margem está em 17,9%.
Frango Vivo: Cotações seguem subindo em São Paulo nesta 5ª feira
Por Sandy Quintans
As cotações para o frango vivo seguiram registrando altas nesta 5ª feira. Em São Paulo houve uma nova valorização de R$ 0,05, que levou a referência do estado para R$ 2,75/kg. Na praça de Minas Gerais os preços fecharam estáveis em R$ 2,75/kg, após registrar valorização desde o início da semana.
Nos últimos dias, algumas praças vêm registrando valorização de preços, contrariando a expectativa do mercado, que esperava cotações mais acomodadas nesta segunda quinzena – quando o consumo é historicamente menor. Apesar disto, as vendas foram retomadas no atacado devido no feriado do Carnaval. “Somente em fevereiro, em menos de dez dias úteis, a carcaça da ave vendida pelos frigoríficos acumula alta de 12,7%”, aponta o analista da Scot Consultoria, Alex Santos Lopes.
Além do aquecimento das vendas, os custos de produção também trazem a necessidade de reajustes positivos para as cotações, visto que granjeiros estão trabalhando com margens apertadas com as altas de milho e farelo de soja. O presidente da Sindiavipar (Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Paraná), Domingos Martins, aponta que novas altas devem continuar ocorrendo.
“O impacto do preço do milho é muito grande. Somos a cadeia produtiva que mais consome a cultura. Não tem como não repassar”, diz Martins.
Suíno Vivo: Cotações encerram estáveis nesta 5ª feira, após alta em São Paulo
Por Sandy Quintans
Nesta quinta-feira (18), as cotações para o suíno vivo tiveram mais um dia de estabilidade. Nesta semana, algumas praças vêm registrando recuperação de preços, após semanas de baixa nas referências. São Paulo foi a região que mais esboçou reação, registrando negócios em R$ 65/@ - o mesmo que 3,47/kg. Já em Rio Grande do Sul e Minas Gerais o cenário é de estabilidade.
Segundo o Cepea, muitas regiões estão procurando em ofertar animais para serem comercializados apenas dentro da referência, o que tem contribuído para o cenário positivo. Além disto, as exportações continuam em ritmo positivo e acelerado, com números superiores a janeiro.
Dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) nesta semana apontam que, até a segunda semana do mês, foram embarcados 23,0 mil toneladas de carne suína in natura, com média diária de 2,9 mil toneladas. Em comparação com janeiro, a quantidade por dia registra um aumento de 46,8%, enquanto em relação ao mesmo período de 2015, o crescimento é de 135,2%.
A ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) aponta que as exportações totais de carne suína – que inclui todos os produtos in natura e processados, entre cortes, miúdos, carcaça e outros - registraram acréscimo de 63% em janeiro, chegando a 47,1 mil toneladas. Dentre os principais destinos estão Rússia, Hong Kong e China.
“Além destes, em praticamente todos os mercados houve crescimento nas exportações como é o caso de Singapura, Argentina e Uruguai”, detalha o vice-presidente do setor de suínos na ABPA, Rui Eduardo Saldanha Vargas.