Boi gordo segue em alta com oferta baixa de boiadas; Frango e suíno vivo pressionados
Boi Gordo: Mercado segue em alta com oferta baixa de boiadas; em Araçatuba-SP a referência subiu para R$ 151,50/@
Por Isabella Camargo, zootecnista da Scot Consultoria
A baixa oferta de boiadas manteve o mercado em alta nesta quarta-feira.
Das trinta e uma praças pesquisadas pela Scot Consultoria para o boi gordo, ocorreram altas em oito e queda em uma.
Em alguns estados, como em São Paulo e na Bahia, a baixa oferta encurtou as escalas e foi a principal responsável pelas altas de 0,7% e 1,7%, respectivamente, nos últimos sete dias.
Na praça paulista ocorreram valorizações nas duas regiões pesquisadas pela Scot Consultoria. Em Araçatuba, a referência está em R$151,50/@, à vista e existem negócios acima deste valor.
As programações das escalas atendem, em média, quatro dias, mas há indústrias mais apertadas.
No mercado atacadista de carne com osso os preços estão estáveis, mas a dificuldade de escoamento ainda ocorre, apesar da proximidade do início de mês. O boi casado de animais castrados está cotado em R$9,80/kg.
Frango Vivo: São Paulo registra quarta queda consecutiva nos preços
Por Larissa Albuquerqu
O preço do frango vivo em São Paulo registrou nova desvalorização na cotação nesta quarta-feira (27). Esse é o quarto reajuste consecutivo nas praças do paulista, onde a referência cedeu R$ 0,05 e passou a ser cotado em R$ 2,60 pelo quilo.
No último fechamento, Minas Gerais também apresentou desvalorização, caindo de R$ 2,70/kg para R$ 2,60/kg. Com isso, as praças da região sudeste alcançaram o nível mais baixo dos últimos seis meses, ou seja, desde o início do segundo semestre de 2015, segundo informações do AviSite.
No acumulado dos últimos 30 dias, os preços em São Paulo desvalorização 13% e 16% em Minas Gerais. Com a queda nas cotações e o aumento dos custos, muitos avicultores já trabalham no vermelho em 2016. De acordo com levantamento da Scot Consultoria a relação de troca para o avicultor paulista é a pior dos últimos doze meses.
Desde dezembro os avicultores de São Paulo já trabalham com custos em torno de R$ 2,60 a R$ 2,70 por quilo e preços do milho entre R$ 32,00 a R$ 34,00 a saca. Depois da puxada de preço do cereal em janeiro, o custo com a reposição do frango vivo passou para R$ 2,80 a 2,90/kg, ou seja, um aumento de 15%.
Para o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, não existe fatores no curto prazo que possam reverter o movimento de baixa no mercado. A demanda enfraquecida no primeiro trimestre e a maior oferta de animais tem pressionado as cotações neste inicio de ano, mesmo com bons volumes de carne de frango 'in natura' exportados.
Suíno Vivo: Preços ficam estáveis nesta 4ª feira após baixas em diversas praças
Por Larissa Albuquerque
Os preços do suíno vivo pago ao produtor independente se mantiveram sem alteração nesta quarta-feira (27). Apesar da estabilidade, o setor vem sofrendo com quedas consecutivas nos preços. Somente nesta semana as praças de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul registraram desvalorização na cotação.
Em Minas Gerais, a bolsa de suíno definiu no último fechamento um ajuste negativo de R$ 0,20 no quilo do animal vivo pago ao produtor independente. Com a nova cotação, a referência dos negócios saiu de R$ 4,20/kg para R$ 4,00. De acordo com o ASEMG (Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais), essa é a terceira semana consecutiva de queda.
Na praça paulista a cotação despencou no último levantamento de preço. Na segunda-feira (25) a referência de preços para o estado que estava sendo negociada entre R$ 73 e R$ 75/@, passou para R$ 65 a R$ 69/@. A cotação equivale a R$ 3,47 e R$ 3,68 pelo quilo. Já no estado gaúcho, a queda foi de R$ 0,23 na média de preços pagos aos produtores independentes. Com isso, a referência de preços passa a ser R$ 3,30 pelo quilo vivo.
A cadeia produtiva de suínos vem sofrendo com altos custos de produção e preços em baixa neste inicio de ano. Entre os principais fatores de aumento nos custos está o preço do milho para a ração animal.
No Rio Grande do Sul, a safra do milho começou a ser colhida, e os valores praticados no mercado pelo grão pago ao produtor estão entre R$ 30,00 a R$ 32,00 a saca de 60 quilos, uma alta de 45% em relação à safra passada.