Boi gordo segue em preços firmes em quase todo o país; frango e suíno vivo com pressão de baixa

Publicado em 14/01/2016 07:28

Boi Gordo: Oferta segue restrita e mercado firme; em SP o preço é de R$ 149,50/@

Por Isabella Camargo, zootecnista da Scot Consultoria

A oferta restrita mantém o mercado do boi gordo firme.

As chuvas abaixo do esperado no Brasil Central, ritmo lento dos negócios e o final do confinamento enxugou a oferta de boiadas.

Porém, em algumas regiões do sul e do sudeste, as chuvas dos últimos dias vem colaborando para recuperação das pastagens, entretanto a oferta de animais prontos ainda é restrita.

Além disso, com o mercado em alta, alguns pecuaristas tem retido os animais no pasto para aguardar preços maiores. Outro fator que colabora com a restrição de oferta.

Em Araçatuba- SP, o preço da arroba do boi gordo está cotado em R$149,50, à vista.

Das trinta e um praças pesquisadas pela Scot Consultoria, ocorreram altas em sete, no mercado do boi gordo. 

No mercado atacadista de carne bovina com osso os preços estão estáveis. O boi casado capão está cotado em R$10,06/kg.

Frango Vivo: Mercado tem dia de estabilidade de preços nesta 4ª feira

Por Sandy Quintans

Nesta quarta-feira (13), as cotações para o frango vivo tiveram mais um dia de estabilidade nas principais praças de comercialização. Nos últimos dias, diversas baixas foram registradas em São Paulo e Minas Gerais, que encerram o dia com referência em R$ 2,80/kg e R$ 2,90/kg, respectivamente.

De acordo com a Scot Consultoria, o mercado iniciou o ano mais fraco, devido a queda do consumo após os períodos de festas. “A demanda está enfraquecida no momento, porém, no curto prazo, com o recebimento dos salários, o varejo deve ter uma atuação mais forte. Altas de preços não estão descaradas”, explica o boletim.

A ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) apontou para uma possível alta de preços para as carnes de aves e suínos, devido ao aumento nos custos de produção. Com a alta do milho – com a alta do dólar que trouxe um crescimento nas exportações -, a associação prevê dificuldades para o abastecimento do cereal para as regiões sul e sudeste.

Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o presidente da APA (Associação Paulista dos Avicultores), Érico Pozzer, explica que os custos de produção em São Paulo estão acima da atual referência de preços, em torno de R$ 2,60 a R$ 2,70 pelo quilo. “Quem estava com planos de crescer muito esse ano, pode ser que reavalie e não cresça. Com um impacto desse é impossível que o setor se mantenha alheio a isso", destaca Pozzer.

Suíno Vivo: Preços encerram estáveis nesta 4ª feira; SC registra negócios abaixo da referência

Por Sandy Quintans

Nesta quarta-feira (13), as cotações para o suíno vivo encerraram estáveis nas principais praças de comercialização. Nesta semana, grande parte das regiões já trabalha com preços atualizados, em que muitas optaram pela manutenção das referências. Com exceção do Rio Grande do Sul, que trouxe pela segunda semana consecutiva baixa de preços para o estado.

Com isso, a referência do estado gaúcho passa de R$ 3,71/kg para R$ 3,63/kg. Já para os produtores independentes, a média de preços também teve uma baixa e passa a ser de R$ 3,05 pelo quilo. Por outro lado, as cotações médias para o milho e farelo de soja tiveram aumento e são negociadas, respectivamente, a R$ 33,50 pela saca e R$ 1.285,00 por tonelada.

Em Santa Catarina, a bolsa de suínos ainda não definiu novos preços nesta semana, mantendo o valor do vivo a R$ 3,70 pelo quilo. Porém, a praça trabalha com negócios abaixo da referência e dos custos de produção. Segundo o presidente da ACCS (Associação Catarinense dos Criadores de Suínos), Losivânio de Lorenzi, atualmente há negócios entre R$ 3,40 e 3,50 por quilo para os independentes, enquanto os custos de produção giram em torno de R$ 3,70/kg.

Já no Rio Grande do Sul, os custos estão muito próximos da referência. Em entrevista ao Notícias Agrícolas na última semana, o presidente da ACSURS, Valdecir Folador, apontou para um início de ano com pressão nas cotações e custos de produção mais altos. “Hoje o custo de produção já gira em torno de R$ 3,20 a R$ 3,00 o quilo, então o produtor acaba ficando com a margem bastante apertada", declara Folador.

Com o aumento de preços para o milho – alavancado pela alta do dólar que favoreceu um aumento nas exportações -, o setor está preocupado com o abastecimento do cereal. De acordo com o presidente da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), Francisco Turra, é possível que seja necessário importar para abastecer as regiões sul e sudeste. "Seremos obrigados a importar milho do Paraguai e da Argentina, onde os excedentes também não são elevados", afirmou Turra. 

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Fonte: Notícias Agrícolas + Scot

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