Mercado do boi gordo perde firmeza e volta a testar preços menores, já o suíno vivo registra alta de preço no PR
Boi Gordo: Mercado perde parte da firmeza em algumas praças e frigoríficos testam preços menores
Por Alex Santos Lopes da Silva, zootecnista da Scot Consultoria
O mercado perdeu parte da firmeza que vinha apresentando desde o começo da entressafra.
Em algumas praças a oferta melhorou e isso faz com que os compradores testem preços menores. Em alguns casos, isso tem gerado o efeito esperado pelas indústrias, que é reduzir o preço de referência para a arroba.
Alguns fatores explicam esse comportamento.
Primeiro, as chuvas nas regiões típicas de confinamento, já que o manejo do animal no cocho fica prejudicado quando o período de seca termina e os pecuaristas acabam acelerando a entrega da boiada.
Em alguns estados que dependem dos animais de pasto, o capim não está recuperado ainda e isso facilita a negociação por parte das indústrias. Somado a isso, existe uma situação de demanda ruim, o que não facilita escoamento.
Mas o comportamento de menor firmeza é pontual.
Em São Paulo, por exemplo, importante confinador, as ofertas de compra seguem estáveis entre R$147,00/@, à vista, e R$149,00/@, nas mesmas condições. Mesmo as indústrias que declaram escalas mais confortáveis seguem pagando estes preços.
Somente os grandes grupos, que possuem alternativas para compra de boiadas, termo e parcerias, pressionam o mercado paulista. No mercado atacadista de carne bovina com osso, preços estáveis e margens da indústria quase sete pontos percentuais acima da registrada um ano atrás.
Suíno Vivo: Mercado registra alta de preços no Paraná, após alta em Rio Grande do Sul
Por Sandy Quintans
Nesta quarta-feira (25), as cotações para o suíno vivo subiram no Paraná, seguindo a movimentação registrada em outras praças na semana. No estado, os preços subiram 2,40% e o vivo passa a ser negociado a R$ 4,26 pelo quilo. No início da semana, em Rio Grande do Sul o valor médio negociado na praça teve alta de 0,58% e referência em R$ 3,89/kg.
Por outro lado, em Minas Gerais e Goiás a bolsa de suínos definiu preços mais baixos para os próximos dias, que estava em R$ 4,50/kg e passou para R$ 4,10/kg. Apesar disto, a notícia é boa para a região, visto que a referência anterior era simbólica, por não ter ocorrido um acordo entre suinocultores e frigoríficos. Informações da Asemg (Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais), na última semana os negócios ocorreram a R$ 4,00/kg.
Segundo o presidente da ACCS (Associação Catarinense dos Criadores de Suínos), Losivânio de Lorenzi, o mercado busca recuperação de preços para este final de ano, embora o cenário seja de estabilidade nas principais regiões. Além disto, os custos de produção voltaram a subir em outubro, apertando a margem de lucro dos suinocultores.
Na última semana, a Embrapa Suínos e Aves divulgou dados de custos de produção de suínos, que voltou a registrar recorde em outubro. O ICP/Suíno encerrou com 205,10 pontos, um aumento de 5,18% em comparação com o mês anterior. Além disso, houve um acréscimo de 16,37% no acumulado do ano e alta de 19,07% nos últimos doze meses. Apenas no último mês, os gastos com nutrição subiram 4,01%, um acréscimo de 15,49% em um ano.
Frango Vivo: Mercado tem mais um dia de estabilidade nesta 4ª feira
Por Sandy Quintans
Nesta quarta-feira (25), as cotações para o frango vivo voltaram a encerrar o dia com estabilidade nas principais praças. Com a desaceleração da demanda - típica do final do mês-, os preços para a proteína não apresentam reação, com apenas uma alta de preços registrada no Paraná.
Por outro lado, informações do Cepea apontam que o mercado pode apresentar reação com as compras para as festas de final de ano. Apesar da estabilidade do mercado nesta segunda quinzena, no início de novembro as cotações apresentaram reação em praticamente em todas as praças, em que chegaram a preços acima dos patamares observados há um ano.
Gripe Aviária
Nos últimos dois dias foram divulgados informações de novos casos de influenza aviária, desta vez na França e em Hong Kong. No país asiático, o registro foi pontual e, segundo informações do Ministério da Agricultura da região, nenhuma disseminação da doença foi vista. Já na França, o caso foi o primeiro desde 2007 e um plano de emergência para intervenção nacional deve ser ativado para conter o problema.
Na primeira quinzena do ano, diversos casos foram registrados, principalmente nos Estados Unidos. Segundo informações divulgadas pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) até julho as exportações de carne de frango tiveram recuo de 10,44% no país.