Substância para engorda será aceita com limite máximo

Publicado em 09/07/2012 13:09
Produtores e empresas poderão exportar produtos cárneos com índice de ractopamina já permitido no Brasil
Os exportadores brasileiros de carne suína e bovina poderão comercializar músculos, gordura, rins e fígados dentro dos limites máximos para o uso da ractopamina – substância que estimula o ganho de peso dos animais e reduz custos de produção – para todos os países do mundo. A decisão foi anunciada durante a reunião do Codex Alimentarius, órgão que estabelece os padrões de qualidade dos alimentos em nível internacional, no dia 5 de julho.

Depois de quatro anos de negociações, a votação que determinou a medida foi vencida por uma diferença de apenas dois votos. A Comissão Alimentar do Codex (CAC, sigla em inglês) concluiu por meio de pesquisas científicas realizadas pelo Comitê Conjunto de Especialistas sobre Aditivos Alimentícios da FAO/OMS (Jecfa, sigla em inglês) que a utilização da ractopamina não tem impacto sobre a saúde dos consumidores. No Brasil, o emprego da substância na criação de suínos já era permitido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) há 10 anos.  Em confinamento de bovinos, a aplicação foi autorizada em 2011.

“Toda a cadeia produtiva será beneficiada porque já utilizamos essa tecnologia e agora teremos o nosso parâmetro como referência internacional. Foi uma conquista importante e o Ministério da Agricultura participou ativamente para que esses padrões fossem adotados”, destaca a chefe da Divisão de Fiscalização de Aditivos, Suzana Bresslau.

Os Estados Unidos também permitem a mistura de ractopamina na ração dos suínos e bovinos, mas na União Europeia e na China, grandes importadores de carne, ela é proibida. Com a determinação, um país importador não pode proibir a entrada da carne que contenha a substância dentro dos padrões autorizados.

O Codex deverá publicar a decisão formalmente nos próximos dias por meio do relatório da reunião. Imediatamente após a publicação, os novos índices permitidos serão atualizados no Programa Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes (PNCRC), responsável pelo monitoramento da quantidade de resíduos de produtos veterinários aplicados nos alimentos.

Fonte: Ministério da Agricultura

Tags:

Fonte: Ministério da Agricultura

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Rio Grande do Sul: Mais de 100 dias após as enchentes, pecuária gaúcha sofre desde escassez de recursos para reconstrução até dificuldades com pastagens
Itaú BBA vê empresas de processados como potenciais alvos para JBS
Abates de bovinos, suínos e frangos crescem frente ao mesmo período do ano anterior, aponta IBGE
Webinar da Faesc aborda mercado de carnes e situação econômica global
China pretende controlar produção de laticínios e carne bovina, já que vendas fracas afetam preços
Proposta define regras para rotulagem da carne bovina