Preços do café registram baixas de mais de 1% nas bolsas internacionais na manhã desta 6ª feira (14)
O mercado do café segue volátil, e apresentava perdas nas cotações futuras no início da manhã desta sexta-feira (13).
Levantamento do IBGE divulgado nesta quinta-feira (12) estima em 52,8 milhões de sacas de 60 kg a safra de café 2025, acréscimo de 0,4% em relação à previsão do mês anterior com ajuste na expectativa para grãos canéforas, e um declínio de 7,5% na comparação com 2024, em decorrência das reduções de 2,5% na área a ser colhida e de 5,1% na produtividade.
Para o head de café da Datagro, Orlando Editore, essa volatilidade nos preços nos últimos dias está ligada diretamente a instabilidade do mercado cafeeiro em todos seguimentos, que vão desde a produção até o consumo. Existe uma preocupação com a oferta, que está no 5º ano consecutivo limitada perante uma demanda estável, e com o clima que pode afetar a produtividade da safra 2025 e, potencionalmente, prejudicar o desenvolvimento da temporada de 2026.
Segundo relatório da Pine Agronegócios, as condições de lavoura estão muito parecidas com 2024, mas com acumulado de precipitação muito ruim. Se concretizar essa falta de chuva nos próximos dias, devemos ter uma das piores condições de umidade no solo para o período do inverno, o que pode impactar nas gemas florais, ou seja, devemos começar a olhar para a safra de 2026 com um risco de quebra de produtividade caso esse contexto se concretize.
Perto das 8h50 (horário de Brasília), o arábica registrava queda de 160 pontos no valor de 390,60 cents/lbp no vencimento de março/25, uma baixa de 385 pontos no valor de 381,85 cents/lbp no de maio/25, uma perda de 350 pontos negociado por 375,15 cents/lbp no de julho/25, e um recuo de 325 pontos no valor de 367,95 cents/lbp no de setembro/25.
Já o robusta trabalhava com alta de US$ 20 no valor de US$ 5.535/tonelada no contrato de março/25, um recuo de US$ 67 no valor de US$ 5.461/tonelada no de maio/25, uma baixa de US$ 65 cotado por US$ 5.442/tonelada no de julho/25, e uma perda de US$ 57 negociado por US$ 5.385/tonelada no de setembro/25.