Direções opostas: Arábica recua mais de 100 pontos, mas robusta avança com preocupação com Vietnã
O mercado futuro do café encerrou as negociações desta quarta-feira (5) com variações em sentidos opostos nos terminais de Londres e Nova York. Monitorando as condições do tempo nas principais origens e a colheita no Brasil, o mercado do arábica recuou, enquanto o de robusta voltou a ter valorização.
Em Nova York, o contrato julho/24 teve queda de 195 pontos, negociado por 231,95 cents/lbp, setembro/24 registrou queda de 170 pontos, cotado por 231 cents/lbp, dezembro/24 teve baixa de 160 pontos, valendo 229,15 cents/lbp e março/25 teve queda de 170 pontos, negociado por 227,55 cents/lbp.
Em Londres, com o mercado preocupado com a oferta do Vietnã, o robusta avançou mais de US$ 100 por tonelada. Julho/24 teve alta de US$ 139 por tonelada, negociado por US$ 4471, setembro/24 teve alta de US$ 133 por tonelada, cotado por US$ 4322, novembro/24 teve alta de US$ 119 por tonelada, valendo US$ 4152 e janeiro/25 tinha valorização de US$ 105 a tonelada, valendo US$ 3962.
Enquanto o arábica teve um dia de ajustes nos preços com o setor monitorando a safra do Brasil, o robusta voltou a avançar diante das preocupações com o Vietnã. "Os preços do café robusta são sustentados por receios de que a seca excessiva no Vietña prejudique as colheitas de café e reduza a produção global", voltou a destacar a análise do site internacional Barchart.
Além disso, as preocupações com a falta de chuva no Brasil diminuíram um pouco e estão pesando sobre o café arábica depois que a Somar Meteorologia informou na segunda-feira que a região de Minas Gerais recebeu 25,6 mm de chuva, ou 135% da média histórica na semana passada.
COLÔMBIA
A produção de café na Colômbia, o maior fornecedor mundial de arábica lavado, aumentou 39% em maio em relação ao ano anterior, para 1,12 milhão de sacas de 60 kg, informou a Federação Nacional dos Cafeicultores na quarta-feira, sem explicar as razões da alta.
A safra de café de maio de 2023 da Colômbia havia atingido 806.000 sacas.
A produção no quinto mês também aumentou 50,9% em relação ao total de abril (742.000 sacas).