Café tem mais um dia de preocupação com oferta e ganhou mais de US$ 100 por tonelada no robusta

Publicado em 03/06/2024 18:13
Mercado ainda não refletiu dados do USDA

A semana começou com valorização expressiva para o mercado futuro do café nas bolsas de Londres e Nova York. Os preços continuam tendo suporte na preocupação com a oferta global do produto. 

Em Nova York, julho/24 teve alta de 420 pontos, negociado por 226,55 cents/lbp, setembro/24 teve valorização de 425 pontos, cotado por 225,50 cents/lbp, dezembro/24 teve alta de 410 pontos, valendo 223,90 cents/lbp e março/25 teve alta de 410 pontos, cotado por 222,65 cents/lbp. 

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Em Londres, o robusta ganhou mais de US$ 100 por tonelada. Julho/24 teve alta de US$ 152 por tonelada, negociado por US$ 4272, setembro/24 teve alta de US$ 123 por tonelada, cotado por US$ 4110, novembro/24 teve valorização de US$ 99 por tonelada, valendo US$ 3953 e janeiro/25 teve alta de US$ 87 por tonelada, cotado por US$ 3807. 

"Os preços do café continuam a ser apoiados por receios de que a seca excessiva no Brasil e no Vietña prejudique as colheitas de café e reduza a produção global", voltou a destacar a análise do site internacional Barchart. 

No Brasil, a colheita avança e os produtores continuam relatando peneira abaixo da média tanto nas áreas de arábica, como nas áreas de conilon. 

Segundo Marcus Magalhães, apesar dos preços atingindo valores históricos, o momento não é tão favorável assim para o produtor brasileiro. A colheita do conilon está a pleno vapor e o estado do Espírito Santo vive um momento de frustração na produção. 

"O mercado é muito volátil e o produtor tem uma frustração muito grande no secador de café. A safra vista visualmente não está se confirmando, além da queda dos frutos nas lavouras", afirma. De acordo com o analista, há produtores que esperavam a colheita de aproxidamente 120 sacas por hectare, mas que devem colher entre 50 e 60. Neste momento, o setor aposta em uma quebra entre 15 e 20% nas lavouras de conilon do Espírito Santo. 

No Brasil, o mercado físico acompanhou e encerrou com valorização nas principais praças de comercialização do país. 

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 2,75% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.310,00, Poços de Caldas/MG teve alta de 0,78%, valendo R$ 1.290,00, Araguari/MG registrou alta de 1,48%, valendo R$ 1.370,00, Machado/MG teve alta de 6,35%, cotado por R$ 1.340,00, Varginha/MG teve alta de 3,94%, cotado por R$ 1.320,00 e Franca/SP teve valorização de 0,76%, valendo R$ 1.320,00. 

O tipo cereja descascado teve alta de 3,03% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.361,00, Poços de Caldas/MG teve alta de 0,75%, valendo R$ 1.350,00, Varginha/MG teve alta de 3,82%, valendo R$ 1.360,00 e Campos Gerais/MG registrou alta de 2,60%, cotado por R$ 1.380,00. 

Por: Virgínia Alves | Instagram: @imvirginiaalves
Fonte: Notícias Agrícolas

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