Consumo de café mundo afora: Portugueses ainda apostam mais nas cápsulas, mostra pesquisa
O bloco europeu é um mercado consolidado para o setor cafeeiro do Brasil. Há muitos anos, os dados oficiais do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) comprovam que a região corresponde por 50% das exportações do produto brasileiro e apesar do consumo estável durante e pós a Covid-19, analistas apostam em uma retomada e um futuro mais promissor, sobretudo em alguns mercados que começam a chamar atenção.
O Brasil já embarcou quase 4 milhões de sacas para a Europa neste ano, o que gerou uma receita de US$ 811,1 milhões no período. Entre os principais mercados aparecem países como Alemanha, Bélgica, Itália e Países Baixos. Portugal, no entanto, também chama atenção quando o assunto é consumo de café. Seja pela forte migração de brasileiros apaixonados pela bebida, que inclusive investem em cafeterias e na disseminação do mercado dos especiais, ou pela cultura no país, o mercado também é potencial.
De acordo com uma pesquisa recente divulgada pela Marktest mostrou que os portugueses vêm apostando no consumo de café em casa, com máquinas especiais para cafés. Os números mostram que mais de 6 milhões de pessoas possuem máquina de café em casa. O volume representa 87,7% dos moradores com idades entre 15 e 74 anos.
O levantamento apontou que o consumo de café no país avança desde 2011. Neste ano, o consumo de café via cápsula era representado por 69,5%. De todo esse montante, se destacou o consumo por cápsula, o método mais comum. Em 2011, os dados mostravam 32,1% e agora o consumo de cápsula em Portugal é representado por 65,1%.
"O gráfico mostra ainda que a evolução de penetração destas máquinas tem sido, em alguns momentos, quase um espelho da evolução das tradicionais máquinas de café expresso, que registaram uma tendência de baixa até 2015, contrariada nos dois anos seguintes, mas de novo evidente desde 2019", afirma a consultoria.
Nas redes sociais é possível se observar um forte movimento de brasileiros que estão no país e que falam, investem e levam a ideia do café de qualidade para terras portuguesas. As ações ganham destaque e em uma busca rápida pelo Instagram, por exemplo, fica em evidência que Portugal tem recebido cafés diferenciados como os da Região Vulcânica e Caparaó, por exemplo. O mercado local, no entanto, assim como outros polos consumidores de café, ainda tenta se recuperar de forma mais significativa dos efeitos da pandemia.