Café: Semana de muita instabilidade com clima e estoques no radar termina com baixas para o arábica

Publicado em 02/02/2024 17:12
Londres também finalizou sexta com desvalorização e ajustes nos preços

O mercado futuro do café arábica encerrou a semana com desvalorização para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). Sem novidades nos fundamentos, o mercado do café continua monitorando as condições climáticas no Brasil e o produtor segue observando um "sobe e desce" constante nos preços. 

Março/24 teve queda de 225 pontos, negociado por 191,95 cents/lbp, maio/24 teve desvalorização de 195 pontos, valendo 189 cents/lbp, julho/24 teve baixa de 175 pontos, cotado por 188,10 cents/lbp e setembro/24 teve queda de 145 pontos, valendo 188,10 cents/lbp. 

"Os preços do café também tiveram algum impacto negativo desde quinta-feira, quando o grupo exportador brasileiro Comexim elevou sua estimativa de exportação de café do Brasil para 2023/24 para 44,9 milhões de sacas, de uma estimativa anterior de 41,5 milhões de sacas", acrescenta a análise do site internacional Barchart. 

Em Londres, apesar da volatilidade apresentada durante o dia, o tipo conilon encerrou com baixas. Março/24 teve queda de US$ 50 por tonelada, negociado por US$ 3237, maio/24 teve queda de US$ 35 por tonelada, valendo US$ 3116, julho/24 registrou queda de US$ 25 por tonelada, cotado por US$ 3027 e setembro/24 teve baixa de US$ 18 por tonelada, valendo US$ 2944. 

De acordo com a análise internacional, o compradores de café estão evitando comprar grãos robusta do Vietnã, uma vez que os custos de envio e os prazos de entrega aumentaram devido aos ataques dos rebeldes Houthi a navios comerciais no Mar Vermelho, o que levou alguns dos principais compradores mundiais de café robusta a reduzir as compras de grãos do Vietnã e garantir mais fornecimentos de robusta do Brasil.

O mercado trabalha com quebra signicativa na produção do Vietnã e da Indonésia, justamente os dois maiores produtores de robusta do mundo. No Vietnã, a quebra é estimada em mais de três milhões de sacas e na Indonésia em mais de dois milhões. Confira aqui a matéria que mostra os pontos que podem colocar o Brasil como protagonista deste mercado. 

No Brasil, o mercado físico acompanhou e encerrou com ajustes em algumas das principais praças de comercialização do país. 

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 0,96% em Guaxupé/MG, valendo R$ 1.029,00, Poços de Caldas/MG teve baixa de 0,995, negociado por R$ 1.000,00, Araguari/MG registrou queda de 0,93%, cotado por R$ 1.060,00 e Franca/SP teve queda de 1,89%, valendo R$ 1.040,00. 

O tipo cereja descascado teve queda de 1,92% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.071,00, Poços de Caldas/MG teve baixa de 0,95%, cotado por R$ 1.040,00, Patrocínio/MG manteve a negociação por R$ 1.050,00 e Varginha/MG por R$ 1.080,00. 
 

Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Café: Safra é mais rápida, mas rendimento no Brasil preocupa e cotações avançam
Sebrae Minas, Senai e Expocacer assinam parceria que beneficiará cafeicultores do Cerrado Mineiro
Confirmando volatilidade esperada, bolsas voltam a subir e arábica avança para 240 cents/lbp
Região do Cerrado Mineiro lança campanha inédita para proteger origem autêntica de seu café
Com safra andando bem no Brasil, café abre semana com estabilidade
Café tem semana de ajustes nos preços e pressão da safra brasileira derrubando preços