Exportação pesa, arábica recua, mas no Brasil preocupação ainda é com calor intenso
Um dia após a divulgação dos dados de exportação do Brasil, o mercado futuro do café arábica encerrou as negociações com desvalorização na Bolsa de Nova York (ICE Future US). + Robusta na Colômbia? País vizinho começa avaliar possibilidade e estima 80 mil hectares favoráveis para cultivo
Março/24 teve queda de 180 pontos, valendo 171,40 cents/lbp, maio/24 teve desvalorização de 145 pontos, valendo 171,60 cents/lbp, julho/24 registrou queda de 140 pontos, cotado por 172,30 cents/lbp e setembro/24 teve baixa de 130 pontos, valendo 173,20 cents/lbp.
O café reagiu aos números divulgados ontem pelo Cecafé. De acordo com os dados oficiais, o país exportou 4,4 milhões de sacas no mês passada. O volume representa acréscimo de 21% em relação ao mesmo mês em 2022.
Segundo Márcio Ferreira, presidente da entidade, o desempenho foi “bastante positivo”, o que tornou o mês passado o segundo melhor outubro nos últimos cinco anos. O destaque mais expressivo ocorreu nos cafés conilon e robusta, que, com 662 mil sacas enviadas ao exterior, tiveram sua segunda melhor performance para um único mês na história e cresceram 479,5% sobre outubro
de 2022.
“Problemas nas safras de importantes produtores dessa variedade vêm direcionando os compradores para nossos canéforas, que seguem muito competitivos no mercado global. O próprio Vietnã e a Indonésia estão buscando nossos cafés, com as exportações a esses países produtores avançando 565,3% e 123,2%, respectivamente, no acumulado de janeiro a outubro deste ano”, explica.
Na Bolsa de Londres, o tipo conilon encerrou com desvalorização. Janeiro/24 teve queda de US$ 29 por tonelada, negociado por US$ 2474, março/24 registrou queda de US$ 21 por tonelada, valendo US$ 2415, maio/24 registrou desvalorização de US$ 16 por tonelada, valendo US$ 2396 e julho/24 registrou baixa de US$ 12 por tonelada, negociado por US$ 2377.
Por aqui, as preocupações continuam sendo as altas temperaturas em áreas de café. Com a onda de calor atingindo o parque cafeeiro, nos últimos dias as temperaturas máximas ultrapassaram os 30ºC em praticamente todas as áreas. De acordo com dados do Sismet - Sistema de monitoramento da Cooxupé, valores extremos estão sendo observados desde domingo nas áreas de arábica. Nas regiões de Alfenas, Guaxupé, Coromandel, Guaranesia, entre outras, as temperaturas máximas ficaram entre 36ºC e 38º nos últimos dias.
No Brasil, o mercado físico acompanhou e encerrou com desvalorização nas principais praças de comercialização do país.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 1,09% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 910,00, Poços de Caldas/MG teve baixa de 1,09%, valendo R$ 910,00, Campos Gerais/MG teve queda de 1,61%, valendo R$ 917,00 e Franca/SP registrou desvalorização de 2,15%, valendo R$ 910,00.
O tipo cereja descascado teve queda de 1,04% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 950,00, Poços de Caldas/MG teve baixa de 1%, valendo R$ 990,00, Varginha/MG registrou queda de 2,56%, valendo R$ 950,00 e Campos Gerais/MG registrou queda de 1,51%, valendo R$ 977,00.