Com estimativa de alta na safra, café encerra com desvalorização em Nova York e Londres
O mercado futuro do café arábica encerrou as negociações desta quarta-feira (20) com desvalorização para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US).
Dezembro/23 teve queda de 275 pontos, negociado por 158,20 cents/lbp, maio/24 teve baixa de 295 pontos, valendo 160,10 cents/lbp, julho/24 teve queda de 295 pontos, cotado por 160,10 cents/lbp, setembro/24 teve desvalorização de 300 pontos, valendo 161,20 cents/lbp e dezembro/24 recuou 300 pontos, cotado por 162,25 cents/lbp.
Depois de algumas sessões com valorização e suporte na preocupação com o calor intenso em áreas de café do Brasil, o mercado foi pressionado pelos números da Conab, divulgados nesta quarta-feira (20). Segundo os dados oficiais do Brasil, a safra ficará em 54,36 milhões de sacas, o que representa alta de 6,8% em relação ao último ano e também um recorde para um ano de bienalidade negativo.
Os dados estão no 3º levantamento da cultura, divulgado nesta quarta-feira (20) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Se a estimativa para este ano for comparada com o volume colhido na safra de 2021, último ano de bienalidade negativa, o aumento chega a ser de 13,9%.
Na Bolsa de Londres, o tipo conilon também encerrou com desvalorização. Novembro/23 recuou US$ 32 por tonelada, negociado por US$ 2508, janeiro/24 registrou queda de US$ 16 por tonelada, negociado por US$ 2414, março/24 registrou baixa de US$ 14 por tonelada, valendo US$ 2363 e maio/24 teve baixa de US$ 14 por tonelada, valendo US$ 2337.
Ainda assim, o mercado continua tendo suporte na queda dos estoques certificados na ICE. "A atual oferta de café está restrita, já que os estoques de café arábica monitorados pelo ICE caíram na quarta-feira para o menor nível em 10 meses e meio, de 440.853 sacas. Além disso, os estoques de café robusta monitorados pelo ICE em 31 de agosto caíram para um mínimo recorde de 3.374 lotes (histórico de dados que remonta a 2016)", complementa o Barchart.
No Brasil, o dia foi marcado por poucos negócios e ajustes em algumas das principais praças de comercialização do país.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 0,60% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 825,00, Machado/MG teve queda de 1,73%, valendo R$ 850,00, Campos Gerais/MG teve queda de 1,15%, valendo R$ 859,00 e Franca/SP teve queda de 1,15%, cotado por R$ 860,00.
O tipo cereja descascado teve queda de 1,12% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 885,00 e Campos Gerais/MG registrou desvalorização de 1,08%, valendo R$ 919,00.