Apesar da preocupação no financeiro, café reverte e testa novas altas nesta 2ª feira
Depois de operar a maior parte do dia com desvalorização nas principais cotações, o mercado futuro do café arábica encerrou as negociações desta segunda-feira (20) com leves altas na Bolsa de Nova York (ICE Future US).
Maio/23 tinha alta de 190 pontos, negociado por 178,50 cents/lbp, julho/23 teve alta de 205 pontos, cotado por 177,50 cents/lbp, setembro/23 teve valorização de 195 pontos, cotado por 175,70 cents/lbp e dezembro/23 teve alta de 180 pontos, cotado por 173,70 cents/lbp.
Em Londres, o conilon também virou e encerrou com valorização. Maio/23 teve alta de US$ 23 por tonelada, negociado por US$ 2087, julho/23 teve valorização de US$ 18 por tonelada, negociado por US$ 2072, setembro/23 registrou alta de US$ 7 por tonelada, negociado por US$ 2041 e novembro/23 teve alta de US$ 4 por tonelada, valendo US$ 2004.
"Os preços do café inicialmente caíram hoje com a preocupação de que a persistente turbulência bancária nos EUA e na Europa levará a economia global à recessão e reduzirá a demanda por commodities, incluindo café", destacou a análise internacional do site Barchart.
Além das questões macro, o setor também monitora as condições das lavouras do Brasil. Apesar de ser esperada uma retomada na produção, este ano o país ainda não vai apresentar carga máxima, ainda reflexo dos anos de seca e geada. Para o ano que vem, a tendência de uma safra mais volumosa se as condições climáticas continuarem favorecendo o desenvolvimento da safra.
Neste período de entressafra, segundo analistas, o mercado está mais lento do que nos anos anteriores. O produtor aguarda por preços melhores ao mesmo tempo que o comprador também prefere não fechar negócio neste momento. A condição, no entanto, deixa a volatilidade ainda mais acentuada, apesar dos poucos negócios.