Arábica encerra com correção, enquanto conilon avança com preocupação com oferta vietnamita
O mercado futuro do café arábica encerrou as negociações desta quarta-feira (1º) com desvalorização para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). Após um mês de muita volatilidade nos preços, março começou com correção técnica nas negociações.
Maio/23 teve queda de 275 pontos, negociado por 183,55 cents/lbp, julho/23 teve baixa de 275 pontos, cotado por 182,15 cents/lbp, setembro/23 teve desvalorização de 265 pontos, valendo 180,15 cents/lbp e dezembro/23 teve baixa de 260 pontos, valendo 178,15 cents/lbp.
Segundo Haroldo Bonfá, analista da Pharos Consultoria, para os próximos dias o mercado manterá o foco nas exportações do Brasil, que deverá direcionar as cotações. Em janeiro, o volume já ficou abaixo de três milhões de sacas.
Nesta quarta-feira (1) os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) indicaram nesta quarta-feira (1) que o Brasil exportou 42% a menos de café em fevereiro, com embarque de 2.040 milhões de sacas. No mesmo período em 2022 o país embarcou 3.471 milhões de sacas.
O mercado de café vive um momento de muita volatilidade, com algumas sessões de oportunidades, mas de negócios travados. De um lado, existe a narrativa de que as estimativas de produção têm uma diferença muito grande, o que acaba gerando certa cautela por parte do comprador. O produtor também tem pouca participação.
Já na Bolsa de Londres, o dia foi marcado por valorização nos preços. Maio/23 teve alta de US$ 37 por tonelada, negociado por US$ 2177, julho/23 teve alta de US$ 32 por tonelada, valendo US$ 2161, setembro/23 teve alta de uS$ 32 por tonelada, negociado por US$ 2141 e novembro/23 registrou alta de US$ 29 por tonelada, valendo US$ 2106.
As exportações de café do Vietnã devem ter caído 13,1% nos primeiros dois meses de 2023 em relação ao ano anterior, para 323.000 toneladas, equivalente a 5 milhões de sacas de 60 kg, estimou o Escritório de Estatísticas Gerais na terça-feira.
É importante ressaltar no entanto, que além do mês mais curto, o Vietnã também teve no mês passado uma semana de pausa devido a comemoração de feriados locais.
No Brasil, o físico acompanhou a baixa de Nova York e também encerrou com desvalorização nas principais praças de comercialização do país.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 1,74% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.130,00, Poços de Caldas/MG teve queda de 0,88%, cotado por R$ 1.120,00, Machado/MG teve queda de 2,17%, valendo R$ 1.125,00, Varginha/MG teve queda de 2,56%, valendo R$ 1.140,00 e Franca/SP teve queda de 1,69%, valendo R$ 1.160,00.
O tipo cereja descascado teve queda de 1,63% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.204,00, Poços de Caldas/MG teve baixa de 0,81%, cotado por R$ 1.220,00 e Varginha/MG teve queda de 1,63%, negociado por R$ 1.210,00.