Com disputa de narrativas de safra cheia ou não, arábica tem mais um dia de alta em NY
O mercado futuro do café arábica tem mais um dia de valorização expressiva para os preços na Bolsa de Nova York (ICE Future US). No início da tarde desta quinta-feira (26), o mercado avançava 2,49% no exterior.
Por volta das 12h05 (horário de Brasília), março/23 tinha alta de 400 pontos, negociado por 166,45 cents/lbp, maio/23 tinha valorização de 380 pontos, negociado por 166,65 cents/lbp, julho/23 tinha alta de 355 pontos, cotado por 166,05 cents/lbp e setembro/23 tinha valorização de 320 pontos, cotado por 164,65 cents/lbp.
Na Bolsa de Londres, o café tipo conilon também tem um dia de valorização. Março/23 tinha alta de US$ 19 por tonelada, negociado por US$ 1989, maio/23 avançava US$ 21 por tonelada, negociado por US$ 1960, julho/23 tinha alta de US$ 23 por tonelada, negociado por US$ 1929 e setembro/23 tinha alta de US$ 19 por tonelada, cotado por US$ 1894.
Desde o início da semana o mercado do café vem acumulando altas na Bolsa de Nova York. Nos últimos dois dias, teve suporte no câmbio, mas de acordo com analistas ouvidos pelo Notícias Agrícolas, apesar do avanço nos preços, o ritmo do mercado segue lento, com o produtor participando apenas a medida que precisa fazer caixa.
Existe atualmente uma disputa de narrativa do mercado, segundo os analistas, onde de um lado o mercado acredita em uma safra cheia para o Brasil neste ano, enquanto os números oficiais apontam leve recuperação em comparação com a safra de 2022.
Produtores, consultores e mesmo os números do 1º levantamento da Conab, apontam uma produção de 54 milhões de sacas. Volume considerado baixo após dois anos de quebra nas lavouras do Brasil.