Previsão de chuva no Brasil volta a pressionar cotações de arábica em Nova York

Publicado em 07/12/2022 16:54
Negócios seguem travados e não há tendência de fluidez no curto prazo

O mercado futuro do café arábica teve um dia de desvalorização para os principais contratos no pregão desta quarta-feira (7) na Bolsa de Nova York (ICE Future US).  A previsão de chuvas nos próximos dias em áreas produtoras do Brasil voltou a pressionar as cotações de arábica. 

"A previsão de chuva para a próxima semana no Brasil acalmou as preocupações com a safra de café. A Somar Meteorologia informou na segunda-feira que a região de Minas Gerais, no Brasil, recebeu 56,5 mm de chuva na semana passada, ou 94% da média histórica", destacou a análise do site internacional Barchart. Além disso, a alta nos estoques certificados também ajuda a pressionar as cotações. 

Março/23 teve queda de 330 pontos, valendo 160,20 cents/lbp, maio/23 teve baixa de 320 pontos, cotado por 160,90 cents/lbp, julho/23 teve queda de 315 pontos, valendo 161,35 cents/lbp e setembro/23 registrou queda de 325 pontos, valendo 161,25 cents/lbp. 

Em Londres, o café tipo conilon encerrou com ajustes técnicos. Março/23 teve baixa de US$ 9 por tonelada, negociado por US$ 1868, maio/23 teve queda de US$ 11 por tonelada, valendo US$ 1845, julho/23 registrou queda de US$ 13 por tonelada, valendo US$ 1827 e setembro/23 teve baixa de US$ 14 por tonelada, valendo US$ 1817.

O mês de dezembro começou com muita chuva no estado do Espírito Santo. A força da água e o volume significativo trouxe problemas na infraestrutura do estado, impedindo o escoamento de produtos agrícolas para os demais estados da região Sudeste. 

Diante deste cenário, os preços do café tipo conilon no interior do Espírito Santo chegaram a avançar, mas ainda não o suficiente para o produtor fechar mais vendas. A queda das últimas semanas para o café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Future US) também influenciou a queda para o conilon e os negócios estão em ritmo lento há dias. 

No mercado físico, o dia também foi marcado por desvalorização nas principais praças de comercialização do país. 

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 2,04% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 961,00, Patrocínio/MG teve queda de 2,06%, valendo R$ 950,00, Machado/MG teve alta de 4,19%, valendo R$ 915,00, Varginha/MG teve queda de 2%, valendo R$ 980,00 e Franca/SP teve queda de 1,96%, valendo R$ 1.000,000. 

O tipo cereja descascado teve baixa de 1,87% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.050,00, Patrocínio/MG teve alta de 1,98%, negociado por R$ 990,00 e Campos Gerais/MG registrou valorização de 1,95%, valendo R$ 1.005,00. 
 

Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Preço do café sobe 4% nesta terça-feira e Bolsa de NY renova máximas para cotações do arábica
Mercado cafeeiro segue em sua tendência de alta no início da tarde desta 3ª feira (26)
Chuvas regulares trazem expectativa de uma boa safra de café em Minas Gerais, diz presidente da Faemg
Mapa divulga marcas e lotes de café torrado desclassificados para consumo
Após fortes altas, mercado cafeeiro inicia 3ª feira (26) com ganhos moderados e realização de lucros
Café em alta: novo recorde em exportação sinaliza que mundo abraça cada vez mais os grãos de Minas
undefined