Enquanto no Brasil granizo castiga as lavouras, em Nova York café tem mais um dia de baixas

Publicado em 08/11/2022 17:35
Por aqui, preocupação com a safra de 23 volta ao radar do produtor; prejuízos sendo contabilizados

O mercado futuro do café arábica encerrou mais uma sessão com desvalorização para os principais contratos no pregão desta terça-feira (8) na Bolsa de Nova York (ICE Future US). 

Março/23 teve queda de 190 pontos, negociado por 164,15 cents/lbp, maio/23 teve baixa de 150 pontos, cotado por 163,40 cents/lbp, julho/23 teve queda de 135 pontos, negociado por 162,55 cents/lbp e setembro/23 registrou baixa de 135 pontos, valendo 161,50 cents/lbp. 

Na Bolsa de Londres, o café tipo conilon também teve mais um dia de pressão. Janeiro/23 teve baixa de US$ 20 por tonelada, negociado por US$ 1831, março/23 teve queda de US$ 14 por tonelada, negociado por US$ 1806 e julho/23 registrou baixa de uS$ 13 por tonelada, negociado por US$ 1800. 

A análise internacional do site Barchart mais uma vez destacou que a previsão de chuvas no Brasil continua pressionando as cotações. "A World Weather disse que chuvas frequentes e sol abundante criaram um "ambiente muito bom" para a safra de café do Brasil em 2023/24", afirma a publicação. 

No Brasil, no entanto, o produtor que já não estava participando muito do mercado devido às baixas das últimas semanas, está vivenciando intensas chuvas de granizo nas principais áreas de produção de arábica do Brasil. 

A Fundação Procafé confirmou ao Notícias Agrícolas que apesar dos modelos meteorológicos há dias indicarem condições de chuvas, os volumes são baixos e a intensidade da chuva traz novos problemas para a safra de 2023. Além de danificar as folhas, a chuva de granizo também derruba os frutos, impactando a produtividade do ano que vem. 

As cidades de Campos Gerais e Boa Esperança, atingidas já na tarde de ontem, voltaram a sentir o impacto da intensidade da chuva. As lavouras de arábica foram de fato danificadas, mas só será possível contabilizar os danos nos próximos dias. Também foi registrado granizo em Bambui, Nova Resende, Monte Belo, Alterosa e em Alfenas. 

No Brasil, o mercado físico acompanhou e também encerrou mais um dia com desvalorização nas principais praças de comercialização. 

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 1,06% em Poços de Caldas/MG, negociado por R$ 930,00, Patrocínio/MG teve baixa de 1,09%, valendo R$ 910,00, Araguarí/MG teve baixa de 1,05%, cotado por R$ 940,00, Varginha/MG teve queda de 1,05%, valendo R$ 940,00 e Campos Gerais/MG registrou queda de 2,08%, negociado por R$ 940,00. 

O tipo cereja descascado teve queda de 0,94% em Poços de Caldas/MG, negociado por R$ 1.050,00, Patrocínio/MG teve baixa de 1,55%, cotado por R$ 950,00, Varginha/MG recuou 3,85%, negociado por R$ 1.000,00 e Campos Gerais/MG teve queda de 1,96%, negociado por R$ 1.000,00. 
 

Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

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