Em dia marcado por dados americanos e reta final da colheita no BR, café encerra com desvalorização
O mercado futuro do café arábica encerrou as negociações desta quarta-feira (21) com desvalorização para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US).
Dezembro/22 teve queda de 385 pontos, negociado por 221,30 cents/lbp, março/23 registrou baixa de 365 pontos, cotado por 215,10 cents/lbp, maio/23 teve queda de 370 pontos, negociado por 211,40 cents/lbp e julho/23 teve baixa de 365 pontos, cotado por 208,30 cents/lbp.
Segundo análise internacional do site Barchart, o mercado reagiu a safra quase 100% concluída nas principais áreas de produção do Brasil. "A cooperativa Cooxupe, uma das maiores produtoras de café do Brasil, informou na quarta-feira que a colheita de café do Brasil estava 99,4% concluída em 16 de setembro", destacou a publicação.
Apesar da publicação informar que as vendas dos produtores brasileiros costumam aumentar nessa época do ano, por aqui, analistas afirmam que o cafeicultor continua tendo muita cautela, aguarda pelo retorno das chuvas e quase não fecha novos negócios. O mercado continua "mais travado" do que o habitual, diante das incertezas climáticas que rondam o setor.
Na Bolsa de Londres, o café tipo conilon também teve um dia de desvalorização. Novembro/22 teve baixa de US$ 10 por tonelada, negociado por US$ 2226, janeiro/23 teve baixa de US$ 9 por tonelada, cotado por US$ 2212, março/23 teve queda de US$ 6 por tonelada, negociado por US$ 2185 e maio/23 teve baixa de US$ 4 por tonelada, negociado por US$ 2171.
No financeiro, a publicação da agência de notícias Reuters destacou que os mercados de commodities e ações se agitaram enquanto os traders avaliavam como uma recessão poderia prejudicar a demanda por bens.
“A maioria das ações está em território negativo no comércio de recessão, enquanto o trigo está novamente registrando ganhos após sua queda no início da manhã, já que os comerciantes se preocupam com os riscos da Ucrânia”, escreveu o economista-chefe de commodities da StoneX, Arlan Suderman, em nota a um cliente.
No Brasil, o mercado físico acompanhou e encerrou com desvalorização nas principais praças de comercialização do país.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 1,56% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.265,00, Poços de Caldas/MG registrou queda de 0,79%, negociado por R$ 1.260,00, Machado/MG teve queda de 1,44%, negociado por R$ 1.370,00, Varginha/MG teve baixa de 0,76%, cotado por R$ 1.300,00 e Franca/SP teve queda de 1,50%, valendo R$ 1.310,00.
O tipo cereja descascado teve queda de 1,47% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.339,00, Poços de Caldas/MG registrou queda de 0,73%, valendo R$ 1.360,00, Varginha/MG teve queda de 1,46%, negociado por R$ 1.350,00 e Campos Gerais/MG teve baixa de 1,45%, valendo R$ 1.358,00.