Café tem dia de pressão com reta final da safra, mas exportação limita queda mais expressiva
O mercado futuro do café arábica encerrou as negociações desta terça-feira (13) com desvalorização para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US).
Dezembro/22 teve queda de 405 pontos, negociado por 220,70 cents/lbp, março/23 registrou queda de 375 pontos, cotado por 215,45 cents/lbp, maio/23 teve baixa de 365 pontos, valendo 212 cents/lbp e julho/23 teve queda de 345 pontos, cotado por 209,20 cents/lbp.
O dia foi bastante movimentado no financeiro após a divulgação dos dados da inflação dos Estados Unidos e a alta do dólar também favoreceu o dia de queda para o café.
A reta final da safra brasileira continua no radar do mercado e ajuda a pressionar as cotações de café. Por outro lado, os dados de exportação do país limitaram queda mais significativa. "As exportações menores de café do Brasil estão otimistas para os preços depois que o Cecafé informou na segunda-feira que as exportações de café do Brasil em agosto caíram para 2,7 milhões de sacas", afirma
Segundo o Cecafé, em entrevista ao Notícias Agrícolas, os problemas logísticos continuam impactando toda cadeia e que não há previsão de normalidade até, pelo menos, no ano que vem. Além disso, problemas no desembarque nos Estados Unidos voltaram ao radar do setor logístico, o que deixa o cenário mais incerto para os próximos meses.
Na Bolsa de Londres, o café tipo conilon também teve um dia de desvalorização. Novembro/22 teve queda de US$ 24 por tonelada, negociado por US$ 2239, janeiro/23 teve queda de US$ 22 por tonelada, negociado por US$ 2230, março/23 teve queda de US$ 20 por tonelada, valendo US$ 2206 e maio/23 teve queda de US$ 20 por tonelada, cotado por US$ 2195.
O dólar teve alta de 1,81% e encerrou o pregão valendo R$ 5,19 na venda. "O dólar abandonou perdas de mais cedo e disparava nesta terça-feira, indo acima de 5,20 reais depois que dados de inflação norte-americanos piores do que o esperado reforçaram apostas na manutenção de postura de política monetária agressiva por parte do Federal Reserve", destacou a análise da agência de notícias Reuters durante o dia.
No Brasil, o mercado físico acompanhou e encerrou com baixas nas principais praças de comercialização do país.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 1,16% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.275,00, Poços de Caldas/MG teve queda de 2,26%, valendo R$ 1.300,00, Varginha/MG teve queda de 1,50%, cotado por R$ 1.310,00, Campos Gerais/MG teve queda de 1,13%, valendo R$ 1.308,00 e Franca/SP manteve a estabilidade por R$ 1.330,00.
O tipo cereja descascado teve queda de 1,17% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.349,00, Poços de Caldas/MG teve queda de 1,41%, valendo R$ 1.400,00, Varginha/MG teve queda de 2,17%, cotado por R$ 1.350,00 e Campos Gerais/MG registrou baixa de 1,08%, valendo R$ 1.368,00.