Coccamig: Safra de arábica do Brasil é 16% menor que 2021 e cai 53% em relação a 2020
A safra de café arábica em Minas Gerais está praticamente finalizada. Confirmando as projeções anteriores, a produção no principal estado produtor de café do país se consolida com quebra ainda mais expressiva do que era esperada há um ano.
De acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (31) pela Cooperativa Central Cooperativa Central de Cafeicultores e Agropecuaristas de Minas Gerais (Coccamig) com atuação no Sul de Minas Gerais, Matas de Minas e Cerrado Mineiro, a produção da safra 22 está 16% menor que o volume registrado em 2021. Quando se compara com 2020, último ano de bienalidade positiva para o Brasil, a queda é ainda mais expressiva com 53% a menos.
A entidade que é composta por 16 cooperativas, com mais de 45 mil produtores, confirma que os números abaixo do esperado são reflexos da seca nos anos de 2021 e 22, frio intenso e a geada registrada no ano passado. "Neste momento importante e decisivo, mais uma vez a união das cooperativas e o papel de estarem juntas, acompanhando os números e estatísticas, munidas de informações corretas e fidedignas, teremos tranquilidade para buscar as soluções necessárias", destacou a publicação oficial.
Mercado
De acordo com analistas ouvidos pelo Notícias Agrícolas, a quebra na produção já era previsto e a Bolsa de Nova York (ICE Future US) até já precificou parte da quebra do Brasil para este ano. A safra, que além de mais baixa, também começou com atraso, no entanto, voltou a dar suporte nas cotações. Além disso, as cotações continuam fundamentos sólidos já que existe certa preocupação com o retorno das chuvas no parque cafeeiro.
Na última semana as cotações avançaram mais de 11% na Bolsa de Nova York (ICE Future US), e nos últimos três dias estão sendo observados movimentos técnicos e de ajustes na formação de preço no mercado futuro. Já o produtor, cauteloso com as entregas, segue participando do mercado a medida que precisa fazer caixa.