Em semana marcada por queda nos estoques, exportação e clima no BR, café encerra com valorização

Publicado em 12/08/2022 16:55
Ainda assim, produtor brasileiro segue participando pouco do mercado

Logotipo Notícias Agrícolas

O mercado futuro do café arábica encerrou a semana com valorização para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). A sexta-feira (12) chegou ao fim com valorização de 1,30%, o equivalente a mais de 200 pontos. Mesmo com  a semana marcada pela alta, o produtor brasileiro quase não participa do mercado. Ainda colhendo a safra 22, o produtor faz negócios a medida que precisa de caixa e opera pouco no mercado futuro. 

Dezembro/22 avançou 285 pontos, negociado por 222,40 cents/lbp, março/23 teve alta de 240 pontos, valendo 217,55 cents/lbp, maio/23 teve alta de 225 pontos, valendo 214,75 cents/lbp e julho/23 teve alta de 230 pontos, cotado por 212,60 cents/lbp. 

De acordo com análise do site internacional Barchart, o café continua tendo suporte nas preocupações com as condições climáticas no Brasil. "Os preços do café na sexta-feira viram o suporte contínuo das condições secas no Brasil. A Somar Meteorologia informou na segunda-feira que Minas Gerais não recebeu chuva na semana passada, ou 0% da média histórica", destacou a publicação. 

Acompanhando a colheita no Brasil, que chegou em 71% nas áreas de atuação da Cooxupé, analistas afirmam que o cenário continua sendo de fundamentos sólidos principalmente pela quebra de safra no Brasil e também na Colômbia. Além disso, a queda dos estoques certificados na ICE ajuda a manter a tendência de alta para o café. A atualização da quinta-feira (11) informou 571.905 sacas, o menor nível dos últimos 23 anos. Com as condições financeiras atuais e os preços praticados para o café certificado, analistas não apostam em uma recuperação no longo curto prazo. 

A semana também foi marcada por dados de exportação do Brasil. Segundo o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), o país exportou 2,5 milhões de sacas no mês passado, 15% a menos que no mesmo período no ano passado. A baixa é justificada pelo atraso na entrada da safra brasileira, maior demanda pelo conilon no mercado interno e os gargalos logísticos que persistem. 

Em Londres, a semana também encerrou com valorização para o café conilon. Novembro/22 teve alta de US$ 38 por tonelada, negociado por US$ 2261, janeiro/23 registrou alta de US$ 41 por tonelada, negociado por US$ 2228, março/23 teve alta de US$ 41 por tonelada, negociado por US$ 2195 e maio/23 teve valorização de US$ 40 por tonelada, negociado por US$ 2184. 

No Brasil, o dia foi marcado com alta em algumas das principais praças de comercialização do país. 

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 1,54% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.320,00, Poços de Caldas/MG teve valorização de 0,75%, negociado por R$ 1.340,00, Machado/MG teve alta de 2,62%, cotado por R$ 1.370,00 e Franca/SP manteve a estabilidade por R$ 1.330,00

O tipo cereja descascado teve alta de 1,46% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.394,00, Poços de Caldas/MG teve alta de 0,70%, cotado por R$ 1.430,00, Patrocínio/MG registrou queda de 0,36%, negociado por R$ 1.385,00, Varginha/MG manteve a estabilidade por R$ 1.400,00 e Campos Gerais/MG manteve por R$ 1.430,00. 
 

Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Café, cultura e desenvolvimento: “Rotas do Café da Alta Mogiana” é lançada e promete movimentar Café, cultura e desenvolvimento: “Rotas do Café da Alta Mogiana” é lançada e promete movimentar
Maior estimativa de safra do café robusta derruba os preços em Londres na manhã desta 4ª feira (21)
Café/Cepea: Exportações avançam safra 24/25 recordes
Grande torrefadora de café do Meio-Oeste dos EUA aumenta preços após tarifas
Perspectivas de maior safra brasileira de café 2025 consolidam baixas nas bolsas internacionais no fechamento desta 3ª feira (20)
Melhor perspectiva de oferta derruba preços do café na tarde desta 3ª feira (20)