Café tem suporte em quebra na Colômbia e encerra com valorização de 2,17% em Nova York

Publicado em 04/08/2022 17:04
Londres acompanhou valorização, enquanto físico teve dia de ajustes nos preços

O mercado futuro do café arábica encerrou as negociações desta quinta-feira (4) com valorização para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). 

Setembro/22 teve alta de 465 pontos, negociado por 219,30 cents/lbp, dezembro/22 teve alta de 450 pontos, cotado por 215,75 cents/lbp, março/23 teve valorização de 400 pontos, valendo 210,20 cents/lbp e maio/23 teve valorização de 375 pontos, valendo 206,45 cents/lbp. 

O pregão foi marcado pela queda na produção da Colômbia. De acordo com a Federação Nacional dos Cafeicultores (FNC), no mês passado a produção de arábica no país vizinho recuou 22% em relação ao mesmo período no ano passado. Há alguns meses o segundo maior produtor de café tipo arábica do mundo vem registrando baixas consecutivas na sua produção. No mesmo período no ano passado, a produção foi de 1,2 milhão de sacas. 

Diferente do que ocorre no Brasil, o fenômeno La Niña favorece o excesso de chuvas na Colômbia, deixando um ambiente favorável também para incidência da ferrugem. De acordo com informações do site "infobae", o presidente da FNC, Roberto Vélez Vallejo, afirmou recentemente que em 2011, quando a produção no país vizinho caiu de 12 para 7 milhões de sacas com efeitos do La Niña, foi observado que em toda área de produção apenas 35% contava com variedades resistentes à ferrugem e que a partir de 2011 um trabalho junto com o Governo Nacional foi realizado e atualmente pelo menos 85% da área é composta por variedades mais resistentes. 

Além disso, o café ainda tem suporte na queda dos estoques certificados de café na ICE. A atualização da última quarta-feira trouxe o volume de 695.135 mil sacas, o nível mais baixo de 1999. O mercado, no entanto, não trabalha com uma recomposição dos volumes no curto prazo, de acordo com analistas. 

Na Bolsa de Londres, o café tipo conilon também avançou neste pregão. Setembro/22 teve alta de US$ 19 por tonelada, valendo US$ 2045, novembro/22 avançou US$ 18 por tonelada, cotado por US$ 2041, janeiro/23 teve alta de US$ 15 por tonelada, negociado por US$ 2010 e março/23 teve valorização de US$ 15 por tonelada, valendo US$ 1990. 

No Brasil o mercado físico teve um dia de ajustes nos preços nas principais praças de comercialização do país. 

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 0,74% em Poços de Caldas/MG, negociado por R$ 1.340,00, Araguarí/MG teve alta de 1,54%, valendo R$ 1.320,00, Varginha/MG teve alta de 1,52%, cotado por R$ 1.340,00 e Franca/SP teve alta de 0,75%, cotado por R$ 1.340,00. 

O tipo cereja teve queda de 0,69% em Poços de Caldas/MG, negociado por R$ 1.430,00, Varginha/MG teve alta de 1,43%, cotado por R$ 1.420,00. Guaxupé/MG manteve por R$ 1.385,00 e Patrocínio/MG manteve por R$ 1.350,00. 

 

 

Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

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