Em mais um dia de preocupação com recessão, café cai mais de 800 pontos em Nova York
O mercado futuro do café arábica voltou a operare com desvalorização expressiva no pregão desta sexta-feira (22) na Bolsa de Nova York (ICE Future US). A volatilidade já era esperada por analistas e as cotações recuavam quase 4% no início da tarde.
Por volta das 11h49 (horário de Brasília), setembro/22 tinha queda de 830 pontos, negociado por 207,15 cents/lbp, dezembro/22 tinha queda de 855 pontos, cotado por 203,20 cents/lbp, março/23 tinha baixa de 830 pontos, valendo 199,50 cents/lbp e maio/22 tinha desvalorização de 820 pontos, valendo 197,15 cents/lbp.
Na Bolsa de Londres, o café tipo conilon também voltou a operar com desvalorização. Setembro/22 tinha queda de US$ 34 por tonelada, valendo US$ 1953, novembro/22 tinha baixa de US$ 31 por tonelada, negociado por US$ 1953, janeiro/23 tinha desvalorização de US$ 33 por tonelada, negociado por US$ 1935 e março/23 tinha baixa de US$ 32 por tonelada, valendo US$ 1922.
De acordo com o analista de mercado Haroldo Bonfá, da Pharos Consultoria, os preços continuam sendo pressionados pela visão externa da safra brasileira maior do que o ciclo anterior, o que "mais do que o necessário diante deste cenário de possível recessão mundial", afirma o especialista.
Há duas semanas o produtor vivência uma verdadeira montanha-russa no mercado de café, que apresenta muita volatilidade, apesar da safra em pleno acontecimento no Brasil. Os fundamentos, segundo o analistas, continuam sólidos, mas os fatores externos continuarão impactando diretamente os preços. Diante do cenário de tanta incerteza, o produtor brasileiro pouco participa do mercado, aguardando para saber o real tamanho da safra e entender como o mercado deve se comportar nos próximos dias.