Quarta-feira chega ao fim com mais um pregão altista para o café

Publicado em 22/06/2022 16:29 e atualizado em 22/06/2022 17:04
Bolsas de NY e Londres subiram, assim como mercado físico brasileiro

A quarta-feira (22) chega ao final com os preços futuros do café tipo arábica se mantendo no campo positivo da Bolsa de Nova York (ICE Futures US) ao longo de todo o pregão, assim como já havia acontecido na última terça-feira volta do feriado norte-americano 

O vencimento julho/22 foi cotado à 238,60 cents/lbp com valorização de 550 pontos, o setembro/22 valeu 236,40 cents/lbp com elevação de 405 pontos, o dezembro/22 foi negociado por 234,85 cents/lbp com alta de 385 pontos e o março/23 teve valor de 232,85 cents/lbp com ganho de 375 pontos. 

Segundo informações do site internacional Barchart, os preços do café estão moderadamente mais altos, com o arábica registrando uma nova alta de 2 semanas.  

“A secura excessiva no Brasil, que pode levar a uma menor produtividade do café, é um fator de alta para os preços. A Somar Meteorologia informou na segunda-feira que Minas Gerais não recebeu chuva na semana passada, ou 0% da média histórica. Minas Gerais responde por cerca de 30% da safra de arábica do Brasil”, explica o Barchart. 

Outro fator de suporte para o café arábica é a menor produção na Colômbia, o segundo maior produtor de arábica do mundo. A Federação dos Produtores de Café da Colômbia informou em 7 de junho que a produção de café da Colômbia de janeiro a maio caiu 4% a/a para 4,5 milhões de sacas.    

Até mesmo a Bolsa de Londres, que abriu as movimentações do dia com os preços futuros do café tipo conilon em baixa, também finalizou a quarta-feira subindo e registrando flutuações no campo positivo. 

O vencimento julho/22 foi cotado à US$ 2.097 por tonelada com ganho de 10 dólares por tonelada, o setembro/22 valeu US$ 2.113 por tonelada com valorização de 12 dólares por tonelada, o novembro/22 foi negociado por US$ 2.099 por tonelada com alta de 8 dólares por tonelada e o janeiro/23 teve valor de US$ 2.079 por tonelada com elevação de 6 dólares por tonelada. 

No mercado físico brasileiro o café arábica tipo 6/7 bebida dura bica corrida registrou elevações de preços em Guaxupé/MG, Poços de Caldas/MG, Varginha/MG, Campos Gerais/MG, Espírito Santo do Pinhal/SP e Franca/SP. Enquanto o café cereja descascado subiu em Guaxupé/MG, Poços de Caldas/MG, Varginha/MG, Campos Gerais/MG e Espírito Santo do Pinhal/SP. Já o café arábica tipo 6 bebida dura bica corrida teve altas em Guaxupé/MG, Poços de Caldas/MG, Varginha/MG, Campos Gerais/MG, Espírito Santo do Pinhal/SP, Franca/SP, Rio Grande do Sul e Oeste da Bahia. 

Confira como ficaram todas as cotações nesta quarta-feira 

Na visão da SAFRAS & Mercado, o mercado brasileiro de café teve mais um dia de atenções para o arábica na Bolsa de Nova York, que opera em alta, apesar do cenário de aversão ao risco e da forte baixa do petróleo.  

“As quedas dos estoques certificados e fatores técnicos sustentam NY. Porém, o ritmo de negócios deve ser moderado, ante a volatilidade da bolsa e do dólar, e com o produtor dosando a oferta neste período de colheita, devendo negociar apenas para buscar capitalização para seus custos imediatos”, diz a consultoria. 

Os analistas da SAFRAS ainda pontuam que, “o mercado físico brasileiro de café apresentou preços mais altos, mais ativo, com negócios regionalizados registrados, seguindo a valorização das cotações internacionais” 

Ainda nesta quarta-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que, os preços do café arábica continuam em elevação neste mês, segundo dados do centro.  

O Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, posto na capital paulista – que opera acima dos R$ 1.300/sc de 60 kg desde o começo de junho – fechou a R$ 1.362,28/saca de 60 kg nessa terça-feira, 21, elevações de 3% frente à terça anterior, 14, e de 7% no acumulado da parcial deste mês.  

“O avanço está relacionado às valorizações do dólar (0,21% entre 14 e 21 de junho) e dos futuros da variedade. Apesar disso, cafeicultores brasileiros seguem retraídos do spot. Com o caixa mais folgado devido às maiores cotações e em meio às incertezas sobre a oferta, vendedores aguardam novas valorizações do arábica”, diz a publicação.

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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