Estoques, clima no Brasil e dia de alta no petróleo dão suporte e café encerra 3,55% de alta em NY

Publicado em 01/06/2022 16:52
Certificado teve queda de 18 mil sacas na ICE

De olho nos estoques certificados, nas condições climáticas no Brasil e nos fatores externos, o mercado futuro do café arábica encerrou as negociações desta quarta-feira (1º) com mais de 800 pontos de alta, o equivalente a 3,55%, na Bolsa de Nova York (ICE Future US). 

Julho/22 teve alta de 820 pontos, negociado por 239,45 cents/lbp, setembro/22 teve valorização de 795 pontos, cotado por 239,40 cents/lbp, dezembro/22 teve alta de 765 pontos, negociado por 238,45 cents/lbp e março/23 avançou 755 pontos, cotado por 236,55 cents/lbp. 

"Os preços do café dispararam com a preocupação de que as condições secas no Brasil possam levar a uma menor produção de café. O Climatempo nesta quarta-feira previu uma chance limitada de chuva no Brasil nos próximos dez dias", destacou a análise do site internacional Barchart. 

Já com relação aos estoques certificados, foi registrada queda de 18 mil sacas, o que ajudou a dar suporte de valorização no pregão de hoje. Os problemas logísticos, covid-19 na China e a oferta mais apertada neste ano por conta da quebra no Brasil continuam no radar, dando suporte aos preços mesmo em período de colheita da safra brasileira. 

A alta do petróleo nesta quarta-feira (1) também foi outro fator de alta para o café. Os ganhos chegaram a avançar 2% em meio proibição ao óleo russo pela União Europeia e o fim dos bloqueios da Covid-19 em Xangai.

"O clima no mercado de petróleo parece estar ficando cada vez mais otimista", disse à Reuters Norbert Rucker, analista da Julius Baer. "O embargo da Europa e a reabertura parcial da China estão alimentando os temores de oferta e elevando os preços do petróleo".

Em Londres, o café tipo conilon encerrou com alta de 1,42%. Julho/22 teve alta de US$ 30 por tonelada, valendo US$ 2136, setembro/22 teve valorização de US$ 29 por tonelada, negociado por US$ 2139, novembro/22 teve alta de US$ 28 por tonelada, cotado por US$ 2128 e janeiro/23 teve alta de US$ 26 por tonelada, negociado por US$ 2112. 

No Brasil, o mercado físico acompanhou e encerrou com valorização em alguma das principais praças de comercialização do país. 

O tipo 6 bebida dura do café teve alta de 3,89% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.335,00, Poços de Caldas/MG teve alta de 2,33%, valendo R$ 1.315,00, Campos Gerais/MG teve alta de 3,83%, cotado por R$ 1.355,00 e Franca/SP teve alta de 6,30%, valendo R$ 1.350,00. 

O tipo cereja descascado teve alta de 3,68% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.410,00, Poços de Caldas/MG registrou alta de 2,15%, negociado por R$ 1.425,00 e Campos Gerais/MG teve alta de 2,93%, valendo R$ 1.405,00. 

Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Preços do café estendem alta de 3 semanas e fecham sessão desta 6ª feira (22) com ganhos de mais 4% na bolsa de Londres
Café: Mesmo nas máximas em 13 anos, preços não afastam compradores e mercado ainda é bastante resiliente
Safra de café da Colômbia 24/25 projetada em 12,9 mi sacas, diz USDA
Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas decide os vencedores de 2024
Café no varejo: vendas aumentaram 1,1% de janeiro a setembro em comparação com o mesmo período de 2023
Preços do café seguem em volatilidade e apresentam altas no início da tarde desta 6ª feira (22)
undefined