Sem geada, café recua quase mil pontos em Nova York nesta 4ª feira

Publicado em 18/05/2022 17:43
No Brasil, setor produtivo ainda se preocupa com o frio dos próximos dias

O mercado futuro do café arábica encerrou o pregão desta quarta-feira (18) com queda de 4,23% na Bolsa de Nova York (ICE Future US). O mercado devolveu parte dos ganhos dos últimos dias, mas ainda monitora as condições do tempo no Brasil, já que as previsões mantêm o risco de geada nos próximos dias nas principais áreas cafeeiras do Brasil. 

Julho/22 teve queda de 960 pontos, negociado por 217,60 cents/lbp, setembro/22 teve queda de 955 pontos, valendo 217,70 cents/lbp, dezembro/22 teve baixa de 945 pontos, negociado por 217,45 cents/lbp e mareço/23 registrou queda de 930 pontos, cotado por 216,65 cents/lbp. 

Na Bolsa de Londres, o café tipo conilon acompanhou e também teve um dia de desvalorização. Julho/22 teve queda de US$ 41 por tonelada, negociado por US$ 2063, setembro/22 registrou queda de US$ 39 por tonelada, valendo US$ 2066, novembro/22 teve baixa de US$ 37 por tonelada, cotado por 2063 e janeiro/23 teve desvalorização de US$ 36 por tonelada, cotado por US$ 2060.

"Os preços do café na quarta-feira caíram acentuadamente, pois os riscos reduzidos de geadas no Brasil provocaram liquidação longa nos futuros do café. A Climatempo disse na quarta-feira que ventos e nuvens em Minas Gerais, a maior região de cultivo de arábica do Brasil, impediram uma queda severa nas temperaturas que eliminou a ameaça de geada", destacou a análise do site internacional Barchart. 

As condições do tempo no Brasil, no entanto, continuam no radar do setor produtivo do país. Apesar do avanço de nuvens na última madrugada, os modelos meteorológicos apontam para permanência das temperaturas mais baixas nos próximos dias, além da atmosfera mais seca, o que seria favorável para o risco de geada até pelo menos o próximo final de semana. As condições continuam sendo monitoradas pelo produtor, que ainda sente os impactos da geada do ano passado nas principais áreas de produção do Brasil. 


No Brasil, o mercado físico acompanhou e encerrou com queda nas principais praças de comercialização do país. 

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 3,79% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.270,00, Poços de Caldas/MG teve desvalorização de 2,26%, cotado por R$ 1.300,00, Varginha/MG teve queda de 3,01%, cotado por R$ 1.290,00, Campos Gerais/MG registrou baixa de 3,76%, negociado por R$ 1.280,00 e Franca/SP registrou queda de 1,52%, valendo R$ 1.300,00. 

O tipo cereja descascado teve queda de 2,92% em Guaxupé/MG, negociado por  R$ 1.330,00, Poços de Caldas/MG registrou queda de 2,08%, valendo R$ 1.410,00, Varginha/MG teve queda de 2,88%, negociado por R$ 1.350,00 e Campos Gerais/MG registrou queda de 3,60%, negociado por R$ 1.340,00. 

Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

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