Com onda de frio prevista para o Brasil, café tem dia de explosão e encerra com 7,90% de valorização
O mercado futuro do café arábica encerrou as negociações desta quarta-feira (11) com 7,90% de valorização com o mercado reagindo a previsão de geada em áreas de produção de café do Brasil. Após atualização dos modelos da Administração Oceânica e Atmosférica (NOAA), o mercado passou a operar com forte alta e encerra com 1.600 pontos de valorização.
Julho/22 teve alta de 1610 pontos, negociado por 219,90 cents/lbp, setembro/22 registrou valorização de 1600 pontos, cotado por 219,80 cents/lbp, dezembro/22 tinha alta de 1590 pontos, valendo 219,35 cents/lbp e março/23 teve alta de 1580 pontos, cotado por 218,55 cents/lbp.
Na Bolsa de Londres, o café tipo conilon também teve um dia de valorização. Julho/22 registrou alta de US$ 69 por tonelada, negociado por US$ 2078, setembro/22 teve alta de US$ 67 por tonelada, negociado por US$ 2080, novembro/22 teve alta de US$ 62 por tonelada, valendo US$ 2073 e janeiro/23 teve alta de US$ 59 por tonelada, cotado por US$ 2069.
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A aproximação do inverno no Brasil por si só já levantava muita preocupação para o mercado cafeeiro no Brasil, que ainda sente os impactos da geada registrada no ano passado. Além dos analistas no Brasil destacaram o risco nas áreas de produção, a análise do site internacional Barchart também chamou atenção para o evento climático.
"A NOAA disse hoje que as temperaturas no sul do Brasil, uma área que inclui muitas das regiões produtoras de café do país, podem ser atingidas por geadas até 16 de maio e que as temperaturas podem permanecer bem abaixo do normal até 19 de maio", afirma a publicação. As cotações chegaram atingir o valor de 220,45 cents/lbp no pico do pregão.
Existe um consenso entre os meteorologistas de que a massa de ar frio prevista para semana que vem tende a ser mais intensa, trazendo riscos em várias áreas de produção agrícola. Fernando Maximiliano, analista da StoneX Brasil, afirma que a atualização do modelo divulgada nesta manhã segue mantendo frio nas áreas da Mogiana, sul de Minas Gerais e podendo chegar até o Cerrado Mineiro.
No Brasil, o mercado físico acompanhou e também teve um de valorização nas principais praças de comercialização do país.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 7,32% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.320,00, Poços de Caldas/MG teve alta de 3,97%, valendo R$ 1.310,00, Campos Gerais/MG teve valorização de 7,26%, cotado por R$ 1.330,00 e Franca/SP teve alta de 7,32%, negociado por R$ 1.320,00.
O tipo cereja descascado teve alta de 7,03% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.370,00, Poços de Caldas/MG teve valorização de 3,65%, cotado por R$ 1.420,00 e Campos Gerais/MG teve alta de 6,92%, cotado por R$ 1.390,00.