Sem novidades, café mantém viés de baixa com preocupação com a demanda e guerra
O mercado futuro do café arábica tem mais um dia de desvalorização para os preços no pregão desta terça-feira (10) na Bolsa de Nova York (ICE Future US). Sem novidades, o mercado estende as baixas registradas no último pregão diante da preocupação com a demanda da bebida, acompanhando a guerra e de olho na logística. "O receio dos investidores com o cenário de inflação elevada, aperto das condições financeiras e desaceleração no crescimento global, continua penalizando os ativos de risco", afirma Eduardo Carvalhaes.
Por volta das 13h28 (horário de Brasília), julho/22 tinha queda de 260 pontos, negociado por 203,55 cents/lbp, setembro/22 registrava queda de 255 ponto, valendo 203,50 cents/lbp, dezembro/22 tinha baixa de 255 pontos, cotado por 203,10 cents/lbp e março/23 tinha queda de 260 pontos, valendo 201,45 cents/lbp.
Na Bolsa de Londres, o café tipo conilon segue operando apenas com variações técnicas. Julho/22 tinha queda de US$ 6 por tonelada, valendo US$ 2014, novembro/22 tinha baixa de US$ 5 por tonelada, negociado por US$ 2013, janeiro/23 tinha queda de US$ 4 por tonelada, valendo US$ 2010 e março/23 tinha queda de US$ 3 por tonelada, negociado por US$ 2009.
As previsões meteorológicas mais recentes indicam que a entrada de uma nova massa de ar frio nos próximos dias vai derrubar as temperaturas em boa parte do Centro-Sul do Brasil. O alerta do frio mais intenso chamou atenção dos cafeicultores nas principais áreas de produção do país, e na manhã desta terça-feira (10) a StoneX Brasil divulgou oficialmente que é este é o momento de monitoramento do frio nas áreas cafeeiras do país.
De acordo com dados levantados pela consultoria, as temperaturas começam a cair em áreas de café a partir do dia 18 de maio e o potencial risco de geada, neste momento, aparece para áreas da Mogiana, sul de Minas Gerais e chegando em áreas do Cerrado Mineiro. As previsões são baseadas na rodada do modelo NOAA/NCEP/EMC (GFS: Global Forecast System).