Sem novidades, café tem mais um dia de desvalorização e negócios travados

Publicado em 19/04/2022 17:11
Analista destaca que produtor volta a ficar recuado e aguarda início da colheita

O mercado futuro do café arábica encerrou o pregão desta terça-feira (19) com desvalorização para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). O mercado reagiu à recuperação dos estoques de café verde nos Estados Unidos e apesar dos fundamentos sólidos para os preços, voltou a cair. De acordo com Eduardo Carvalhaes, o mercado voltou a ficar travado, com dificuldades para formação de preços no Brasil e com o produtor, que aguarda pelo início da colheita, pouco participando do mercado. 

Julho/22 teve queda de 205 pontos, negociado por 221,70 cents/lbp, setembro/22 registrou queda de 195 pontos, valendo 221,70 cents/lbp, dezembro/22 teve baixa de 195 pontos, valendo 221,15 cents/lbp e dezembro/22 encerrou com queda de 195 pontos, cotado por 221,15 cents/lbp. 

"Os preços do café na terça-feira ficaram moderadamente mais baixos, com o arábica registrando uma baixa de 2 semanas e meia e o robusta caindo para uma baixa de 6 semanas. Um rali no índice do dólar na terça-feira para uma alta de 2 anos prejudicou a maioria dos preços das commodities, incluindo o café", destacou a análise do site internacional Barchart. 

Segundo o analista de mercado Haroldo Bonfá, da Pharos Consultorisa, o mercado reage à alta no estoque certificado registrado pela Green Coffee Association (GCA). O volume de café verde aumentou no final do mês de março, pela primeira desde agosto de 2021, para  5,820 milhões de sacas. O setor segue acompanhando o conflito entre Rússia e Ucrânia que pode voltar a derrubar as cotações no mercado futuro, apesar dos fundamentos sólidos para valorização. 


Na Bolsa de Londres, o café tipo conilon encerrou apenas com ajustes, depois de registrar queda durante o dia. Julho/22 teve queda de US$ 11 por tonelada, valendo US$ 2088, setembro/22 registrou queda de US$ 7 por tonelada, negociado por US$ 2095, novembro/22 teve baixa de US$ 3 por tonelada, valendo US$ 2100 e janeiro/23 registrou queda de US$ 2 por tonelada, cotado por US$ 2099. 

No Brasil, o mercado interno acompanhou o exterior e encerrou com desvalorização nas principais praças de comercialização do país. 

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 0,81% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.230,00, Poços de Caldas/MG registrou queda de 0,41%, valendo R$ 1.220,00, Araguarí/MG teve queda de 0,82%, negociado por R$ 1.210,00, Varginha/MG teve baixa de 0,79%, negociado por R$ 1.250,00 e Franca/SP manteve a estabilidade por R$ 1.240,00. 

O tipo cereja descascado teve queda de 0,78% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.280,00, Poços de Caldas/MG teve queda de 0,37%, valendo R$ 1.330,00, Varginha/MG teve queda de 0,75%, valendo R$ 1.330,00 e Campos Gerais/MG teve queda de 0,77%, cotado por R$ 1.295,00. 

Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Preços do café estendem alta de 3 semanas e fecham sessão desta 6ª feira (22) com ganhos de mais 4% na bolsa de Londres
Café: Mesmo nas máximas em 13 anos, preços não afastam compradores e mercado ainda é bastante resiliente
Safra de café da Colômbia 24/25 projetada em 12,9 mi sacas, diz USDA
Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas decide os vencedores de 2024
Café no varejo: vendas aumentaram 1,1% de janeiro a setembro em comparação com o mesmo período de 2023
Preços do café seguem em volatilidade e apresentam altas no início da tarde desta 6ª feira (22)
undefined